quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O que significa índios na universidade?

Uma notícia veiculada apenas em páginas da internet não chamou a atenção da mídia tradicional. Trata-se da formação da primeira turma de índios por uma universidade brasileira, ocorrida recentemente na Universidade Federal de Santa Catarina. Este é um fato estranho para um país que considera seus indígenas criaturas que habitariam os livros de história ou a imaginação das crianças a cada "Dia 19 de Abril". "índios na universidade?", questionariam os conservadores de sempre. Afinal, índio é uma figura emblemática na cultura brasileira. Do tipo que existiria para "compor a paisagem" ou apenas "aqueles que estavam aqui antes de nós".

Enfim, o significado desses brasileiros adentrando espaços reservados a determinadas camadas da população é de um processo de transformação que levará um tempo para ser absorvido pela sociedade. Afora não ser "lugar de índio", a universidade poderia ser a "aculturação" desses brasileiros, segundo o senso comum. Significa que o Brasil começa a dar um passo para reconhecer os indígenas como parte do seu povo. E isso é só o começo. Espera-se muito mais. Que seja só o começo. E não tenha fim.

Leia abaixo um trecho da matéria do site CONEXÃO LUSÓFONA relatando a formação da primeira turma indígena brasileira: Universidade brasileira forma sua primeira turma composta só por índios

"A Universidade Federal de Santa Catarina formou a sua primeira turma composta só por índios. O grupo se gradua em Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica.

São 85 alunos das etnias guarani, kaingang e laklãnõ/xokleng, provenientes do Mato Grosso do Sul (MS), Espírito Santo (ES), Rio de Janeiro (RJ), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS). O curso teve duração de quatro anos, entre aulas na universidade e atividades desenvolvidas nas aldeias. Os estudantes receberam formação para lecionar nas áreas de infância, linguagens, humanidades e conhecimento ambiental indígena.

O juramento na colação de grau falou de cultura, liberdade, autonomia, luta pela terra, autodeterminação, alegria e crianças sadias. O discurso dos oradores ressaltou a preocupação com o futuro, a importância das tradições culturais e da demarcação de território indígena:

– Não importa o povo ou etnia a que pertencemos, somos todos irmãos, filhos desta terra – lembraram". Leia a matéria completa aqui.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Livro aborda temática de gênero com o público infantil

A escritora Janaína Leslão superou o desafio de abordar a temática de gênero com o público infantil a partir da publicação do livro A Princesa e a Costureira. Para tratar do tema, Janaína usou elementos que ilustram pluralidade, diversidade, respeito e conhecimento como ingredientes da história.

Veja a entrevista que ela concedeu ao canal Ninharias, hospedado no Youtube.