segunda-feira, 24 de maio de 2010

Psiquiatra lança olhar sensato sobre a depressão


Super interessante a entrevista publicada nas páginas vermelhas da revista Istoé desta semana com o psiquiatra Miguel Chalub, um simpático senhor de 70 anos que esbanja conhecimento e sinceridade em tudo o que diz acerca da sua área de atuação. Na entrevista, Chalub lança um olha sensato sobre um problema que tomou proporções alarmantes no mundo - a 'depressão'.

Segundo ele, "o homem não aceita mais ficar triste", ao constatar que existe uma verdadeira 'indústria da depressão' na atualidade. Trata-se de uma espécie de 'jogo', frisa o especialista, no qual médicos, pacientes e indústria farmacêutica acabam sendo 'parceiros'.

Suas alfinetadas e o modo como condena a medicação excessiva em casos que não passariam de 'tristeza' - por conta de perdas de entes queridos, situações passageiros de fracasso ou desacertos na vida - são certeiros.

Num trecho da entrevista, Miguel Chalub diz:

"Hoje, brigar com o marido, sair do emprego, qualquer motivo é válido para se dizer deprimido. Mas o sofrimento não significa depressão".

Leia aqui a entrevista e entenda melhor o problema tido como o mais grave das últimas décadas, e que cresce também por desinformação e outros fatores menos nobres.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Insensibilidade e desrespeito sem fronteiras


A cena a seguir que descreverei resumidamente não acontece somente em cidades como São Paulo: uma pessoa sofre de um mal súbito, cai e, mesmo depois de tentativas de reanimação por paramédicos, termina morrendo. O local é um restaurante, frequentado por mais de uma centena de pessoas, em pleno horário do almoço, no centro da Capital.

O relato me foi passado por amigos que assistiram de perto o desenrolar do que poderia ter sido mais um caso em que alguém passa mal e acaba morrendo. Infelizmente a tragédia teve componentes piores do que as tentativas de socorro que não deram o resultado esperado.

Sobraram insensibilidade e desrespeito. Parece que essas duas coisas não conhecem fronteiras quando se tem uma parte da sociedade 'anestesiada', seja por egoísmo, perda de valores humanistas ou por pura covardia.

O que se seguiu após a morte da pessoa no restaurante foi ainda mais chocante: o corpo ficou no chão à espera da perícia do IML e, pasmem, praticamente ninguém deixou o local, a maioria tomando lanche, almoçando em mesas próximas ou observando o que se passava. Os responsáveis pelo local, aturdidos com a cena, não trataram de fechá-lo - garçons e atendentes trabalhavam, enquanto pessoas e curiosos em geral entravam e saíam do comércio como se nada tivesse acontecido.

Acrescente-se a isso a reação de policiais e outras autoridades que vieram prestar socorro, que sequer tomaram a iniciativa de ordenar o fechamento do restaurante. Um misto de covardia, ilegalidade, insensibilidade e desrespeito.

É isso que marca a vida nos grandes centros, cena que ficou imortalizada na triste história cantada em versos por João Bosco na música "De frente pro crime". A passagem "Tá lá o corpo estendido no chão" e o desenrolar grotesco da história se repetiu dia desses. Lamentável o retrato de uma triste realidade, só que desta vez era real e não dava para rimar com nada decente...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quando superaremos esse estágio?

A matéria abaixo, em vídeo, foi reproduzida do Portal R7, da Rede Record de Televisão. Foi exibida no programa Domingo Espetacular e mostra que o desrespeito a regras básicas de cidadania é mais comum do que pensamos. O pior é que isso não guarda relação com o nível de escolaridade das pessoas - o desrespeito está em todas as camadas da sociedade.

A pergunta que fica é: quando superaremos tal estágio?