quinta-feira, 30 de abril de 2009

Editorial sensato sobre municipalização do ensino

Recomendo a leitura do editorial desta quinta-feira (30) do jornal O Estado de S. Paulo que versa sobre a municipalização do ensino (leia aqui).

Boa reflexão sobre essa mudança proposta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que foi implantada com mais força nos de 1990 e que não deu, até agora, o resultado que se propalava ou que se esperava.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Gil dá um tapa na 'falsa moral' em nova canção

Em seu show-CD Banda Larga Cordel, o cantor e compositor Gilberto Gil fala de um assunto que deveria incomodar as famílias mais do que incomoda. Trata-se da música Os pais (clique abaixo e veja o vídeo), na qual ele reflete sobre a 'falsa moral' dos pais que cultuam a seminudez nas TVs, Carnavais, revistas etc e depois tentam impor rigidez em casa. Ou, então, expressam preocupações com o destino dos filhos no campo moral como se o exemplo não tivesse nada a ver com o modo de agir dos pequenos. Ainda mais nesses tempos de internet.

Muito boa a letra e o balanço desses velho rei do reggae baiano.

Um texto forte sobre uma discriminação virulenta


O médico Drauzio Varella publicou um artigo na Folha de S. Paulo no dia 14 deste mês que toca em um tema que poucos olham: a origem e a vida dos travestis. Em Homens que são mulheres, Varella classifica o preconceito que a sociedade cultiva contra essas pessoas como "a mais pérfida das discriminações".

É um texto forte, sensível e que provoca uma reflexão sobre como determinadas camadas da sociedade são mais vulneráveis do que outras quando o assunto é o preconceito. Indico a leitura. Vale para qualquer idade.

sábado, 25 de abril de 2009

A entrevista para o jornal Impacto


Li hoje a entrevista que concedi ao jornal Impacto, de Adamantina, cidade localizada na região da Alta Paulista. Muito bom o texto do jornalista Eduardo Graboski, além do destaque que o jornal deu na capa e a foto na página interna. Agradeço ao pessoal do Impacto e ao meu amigo Romão, de Adamantina, com quem estive no feriado de Páscoa.

Para ler a entrevista é só clicar aqui. O texto está em pdf e pode ser baixado para o computador.

Matéria aborda política oficial de 'exclusão'

A edição da revista CartaCapital da semana passada trouxe uma boa matéria sobre uma espécie de "política oficial" de exclusão, ou seja, ações governamentais que - segundo especialistas - estariam na contramão de todo o esforço para se chegar a uma sociedade efetivamente inclusiva.

A reportagem Síndrome do infrator anuncia o crescimento de internações de jovens infratores em "unidades de saúde mental", determinadas pelo Judiciário, em muitos casos por conta de cobranças da sociedade. Essas internações e o uso abusivo de medicamentos, dizem os críticos, podem soar como uma tentativa de algumas autoridades de legitimação de um "mito" - que é a ligação automática entre delinquência e doença.

Vale a pena ler. Clique aqui e leia.

Cresce o debate sobre inclusão e diversidade


Dediquei parte do dia de ontem a um contato com três turmas de professores de duas escolas municipais de Itaquaquecetuba, cidade da região do Alto Tietê que faz divisa com o extremo leste da Capital. Fui recebido nas escolas José Marinho Ferreira e Maria Cristina Diniz e notei que cresce cada vez mais o debate sobre inclusão e diversidade no meio de quem lida com essas questões no dia-a-dia escolar.

As equipes pedagógicas e os professores se dedicam a encontrar caminhos, projetos e ideias para esse desafio que é ter em sala alunos em condições muito diversas. Não existe um só tipo de pessoa que frequenta os bancos escolares com o que se convencionou chamar de "necessidades especiais", e sim uma gama de condições, que vão das deficiências físicas, visuais, intelectuais às que sofrem com traumas, desajustes familiares e também desníveis socioeconômicos, dentre outros.

Ouvi mais e mais relatos sobre crianças com diferentes reações comportamentais. Não é raro ouvir de professores e especialistas o quanto surgiram estudantes que são vítimas de tratamentos medicamentosos, alguns dos quais podem ter comprometido determinadas funções cognitivas - e isso é um componente a mais para que os professores consigam realizar um bom trabalho em sala de aula. Me parece que ainda inexiste um contato entre médicos e professores para um acompanhamento da evolução desses pequenos pacientes e também para ajudar na solução de problemas apresentados após as consultas ou medicações.

É bom perceber que o debate é cada vez maior e que se busca uma melhor compreensão e uma formação constante na área. Ponto para a educação inclusiva, que no Brasil começou na contramão e experimenta avanços significativos por conta de algumas políticas públicas e, principalmente, pelo esforço de equipes pedagógicas e de professores em escolas de várias partes do país. Falta muito, pois é fácil notar que sequer condições de acessibilidade foram garantidas para muitos locais onde estive.

Os debates que realizo sobre a temática do livro me proporcionam o acesso a esse campo que tanto merece atenção na atualidade. Aprendo a cada contato, a cada conversa. Ontem foi mais um dia de aprendizado. Por isso agradeço às equipes das referidas escolas e aos professores pela receptividade e pela participação nas nossas conversas sobre inclusão e diversidade.

sábado, 18 de abril de 2009

Nas revistas Astral e do Simpesp

Além da entrevista no jornal Impacto, de Adamantina, também estão prestes a sair duas matérias falando sobre o livro em duas publicações: nas revistas Astral, de Bauru, interior paulista, e Dr!, do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). A revista Astral é da editora Alto Astral, do astrólogo João Bidu.

Ambas serão publicadas neste mês.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Entrevista a jornal do interior

Aguardo o recebimento de um link para dividir com os leitores e as leitoras do blog e do Saci de Duas Pernas uma entrevista que concedi dia desses ao jornal Impacto, da cidade de Adamantina - onde estive no feriado de Páscoa (veja postagens abaixo).

Fui entrevistado pelo jornalista Eduardo Graboski e o papo saiu na edição desta quinta-feira (16). Só que a atualização na web é feita apenas amanhã. Por isso ainda não posso postar o material aqui no blog. Depois também receberei a publicação em papel.

Vamos ver como ficou. Estou curioso, pois ainda não li.

Atividades na Grande São Paulo

Depois do feriado de Tiradentes devo cumprir agenda de atividades na Grande São Paulo. Estou fechando debates em escolas públicas municipais da região de Itaquaquecetuba para o dia 24 de abril.

Nessa data acontecem reuniões pedagógicas em escolas municipais e, por isso, algumas unidades escolares se interessaram pela discussão que a obra propõe sobre o respeito às diferenças e a inclusão.

Fecho a agenda nesses dias. Também negocio algumas visitas a escolas da Capital.

Visitando Paraguaçu Paulista


Não poderia deixar de registrar outra cidade que tive o prazer de conhecer nas andanças pelo interior, quando realmente comecei a descobrir onde se vive muito além da Capital. Falo de Estância Turística de Paraguaçu Paulista, localizado no extremo oeste do Estado.

A cidade tem cerca de 50 mil habitantes e, como é regra na região, tem sua economia dominada pela produção canavieira. Grandes usinas de produção sucroalcoleira estão nesse trecho paulista. A infra-estrutura local é boa, com bons restaurantes e um comércio que reflete a circulação de dinheiro oriundo dos derivados da cana.

Por outro lado, existem muitas propriedades rurais que ainda resistem ao avanço da produção canavieira. Conheci uma dessas comunidades, onde reina o antigo estilo de vida caipira, com o cultivo de subsistência, roças de mandioca, milho, feijão, criação de galinhas, porcos e outros meios. E produção de leite, claro.

No meio do interior sertanejo de Adamantina


A cidade de Adamantina me marcou na viagem do feriadão passado por causa da receptividade. Tive o prazer de ser apresentado à família da dupla sertaneja adamantinense Luiz Henrique & Fernando (foto). Os pais da dupla, Lucilene e Romão, deixaram a melhor das impressões que se pode colher numa família do interior paulista.

Conheci o estúdio nota mil que esses dois garotos de ouro tem, por onde passaram diversas duplas e cantores novos que perseguem o sonho de gravar seu CD e ter acesso a esse mundo mágico da música que pulsa no interior do país. Descobri que essa parte do Estado de São Paulo tem uma 'alma caipira' muito bonita, que preza pelos valores da terra e das riquezas geradas no solo vermelho coberto de cana, de pastagens e recheado com muito gado. E, claro, conflitos agrários, terras devolutas, invasões e acampamentos que já compõem a paisagem em diversas cidades.

Enfim, uma troca de experiências regada a muito papo, muita música, contos, causos e modos de falar e de ver o mundo. Sem esquecer do modo carinhoso da recepção na casa dos Paloni, em Adamantina, e dos longos papos 'violeiros' trocados com os dois rapazes cujo sucesso é consequência da dedicação, do trabalho e da percepção de que o mundo é feito para ser cantado em verso, prosa e muita comida.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mais cidades visitadas

Vou registrar minha passagem por mais cidades do interior de São Paulo durante o feriado de Páscoa. Foram elas: Borá, Paraguaçu Paulista e Adamantina - esta última na região da Alta Paulista, distantes cerca de 600 km da Capital.

Preparando para breve novas postagens sobre minhas impressões e novidades nesses municípios interioranos onde a vida tem um ritmo especial.

sábado, 11 de abril de 2009

Impressões e experiências (1)

Difícil resumir numa única postagem o conjunto de experiências que vivencio nesta longa viagem no feriado de Páscoa à região do Pontal do Paranapanema, no interior paulista. Vou contar algumas impressões e passagens interessantes que acumulo desde a noite da quarta-feia passada (8), quando aportei por aqui.

ROTEIRO - O roteiro começou em Sampa no início da noite de quarta-feira até chegar em Presidente Prudente na madrugada da quinta-feira (9). A hospedagem foi no hotel Portal D'Oeste, de onde segui para cidades da região. As visitas foram a Presidente Bernardes, Marabá Paulista, Caiuá e Mirante do Paranapanema. Na noite desta sexta-feira (10) a cidade visitada é Paraguaçu Paulista, numa região dominada pela produção açucareira.

Entre as visitas às cidades acima listadas aconteceram passagens por diversos municípios dessa parte do Estado de São Paulo de cujo nomes eu apenas ouvira falar ou lera em reportagens de jornais sobre o interior.

Em meio a extensas paisagens dominadas pela cana, pelo gado e pelas pastagens, o cenário dos "cartões de visita" das penitenciárias em diversas cidade foi algo que mexeu com minha atenção durante os deslocamentos nessas últimas horas.

A plantação de presídios de segurança máxima foi algo que me pareceu fora do comum. É como se as cidades fosssem condenadas a uma pena por crimes que sequer cometeram, já que os "visitantes" que ocupam esses territórios onde reinam os barões do crime organizado nacional são, em geral, transplantados da Capital para cá.

Não é difícil observar as contradições geradas por uma economia que se expande a passos largos em contraposição a um estilo de vida interiorano como o que observamos em qualquer pequena ou média cidade brasileira. Claro que essa região do Pontal tem outros elementos que não são encontrados em todo o Estado - como os assentamentos de trabalhadores rurais sem-terra, em contraste com os empreendimentos do agronegócio.

Foi nessa linha que meu olhar foi sendo deslocado ora para o campo, ora para a cidade, ora para usinas de açúcar, gado, bandeiras do MST, rodovias boas, outras esburacadas, pedágios, gente séria, juventude bonita, muitas pessoas de idade avançada, pujança comercial, pobreza gritante e sol, muito sol. Paisagens solitárias se sobrepôem, em questão de minutos, a arranha-céus de um verde horizontal que chega a doer na vista, embora o cheiro do mato seja algo de dar prazer.

Vou prosseguir com essas impressões na próxima postagem.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Na região do Pontal do Paranapanema

Viajo no final do dia de hoje para a região do Pontal do Paranapenema, no extremo oeste do Estado de São Paulo, perto da divisa com os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná. Vou conhecer cidades dessa parte paulista onde nunca estive.

Espero fazer contatos para ampliar a divulgação do Saci de Duas Pernas, que agora entra na segunda edição.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Na mosca

A escritora Lya Luft acertou na mosca em seu artigo na revista Veja desta semana. Em A crise que estamos esquecendo, ela foi buscar no universo das relações humanas argumentação para mostrar que existe uma "outra crise" que há muito se arrasta entre nós - a crise dos relacionamentos.

Num dos trechos ela diz: "Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito". Clique aqui e leia o texto.

De fato, não precisamos esperar que se resolva o problema global para agirmos no plano local, em casa, na rua, no trabalho, na vivência diária. Nem centenas de trilhões de dólares da economia mundial terão efeito direto sobre isso que ocorre em qualquer núcleo familiar ou de convivência social.

Para quem ainda não leu

Recomendo aos interessados nos temas "diferenças e preconceitos" a leitura do livro Diferenças e Preconceito na Escola - Alternativas Teóricas e Práticas (Summus Editorial, 1998), organizado pelo especialista Julio Groppa Aquino.

O livro traz 12 excelentes artigos e reflexões de estudiosos sobre como lidar com um assunto que preocupa professores, coordenadores pedagógicos e pais e interfere diretamente no rendimento escolar.

Além disso, a falta de um ambiente saudável na escola contribui para a formação de futuros adultos amargos e com dificuldades para se relacionarem de modo respeitoso na vida pós-escolar, dentre outros problemas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ampliando a divulgação do livro

Tenho recebido convites para apresentar o livro O Saci de Duas Pernas em diversas escolas e até mesmo em outras cidades da Grande São Paulo. A etapa seguinte também prevê visitas ao interior do Estado. No caso do interior, estou programando viagem à região do Pontal do Paranapanema para levar a ideia do Saci a alguns municípios.

Pretendo divulgar impressões sobre as viagens em notas aqui no blog para partilhar a experiência com os leitores e leitoras.

A segunda edição já está a caminho e apresenta desafios diferentes de quando lancei a obra, no final de 2008.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ouvidos


Desde que foi implantado o sistema sonoro de aviso de abertura e fechamento das portas dos elevadores da Câmara Municipal de São Paulo passei a observar o comportamento de algumas pessoas. Refiro-me aos desavisados que fazem comentários inúmeras vezes ao dia por causa das expressões "porta abrindo" e "porta fechando" - repetidas por uma gravação sempre que chega o elevador.

Como parte do programa de acessibilidade total implantando no prédio da Câmara - por onde circulam milhares de pessoas diariamente -, o sistema sonoro atende a uma reivindicação dos deficientes visuais. Pelas reações de muitas pessoas, "é um negócio chato ficar ouvindo isso".

Para se ver como é demorado o processo de tomada de consciência na sociedade em matéria de respeito aos direitos dos cidadãos e cidadãs deficientes.