segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Converter a superação em atitude


Ainda não vi a nova novela das oito da Globo, Viver a Vida. Acabei vendo uma longa entrevista do novelista Manoel Carlos à Globo News na qual ele fala sobre a trama do seu novo folhetim eletrônico.

Minha atenção ficou por conta do tema de Viver a Vida: a superação. Entre vaidades, beldades, famílias que vão de um lugar a outro e as tradicionais intrigas, o autor focará numa personagem que é atingida pela perda total dos movimentos. Ele diz que se baseou em leituras, estudos e mais especificamente em casos reais que conheceu.

Abordei o tema para lembrar alguns debates que tive o prazer de encaminhar com professores em diversas escolas para as quais fui convidado recentemente na capital paulista. Nesses encontros, ocorridos neste mês de setembro, tive a felicidade de "antecipar" essa discussão que tomará conta da nova novela global.

Nos debates, comentei que com o tempo adquirimos certa facilidade de aceitar as mudanças que ocorrem na vida de pessoas que conhecemos ou nas nossas vidas - o que se chama tecnicamente de superação. O tempo, os ajustes, a diminuição da angústia e dos problemas são elementos que colaboram para que superemos determinadas mudanças.

O que me preocupa, no caso desse debate, é a dificuldade que temos de transformar a superação em atitudes concretas. Isso quer dizer que essas mudanças deveriam servir para enxergarmos melhor o mundo e as pessoas que nos rodeiam.

Enquanto nosso olhar para os que estão "em processo de superação" ou que já superaram determinados limites for dominado pela "piedade", dificilmente isso produzirá um efeito transformador na sociedade. Precisamos superar essa visão sobre o modo como vemos os deficientes e outras categorias de pessoas que passaram a viver sob novas condições - físicas, mentais, espirituais, econômicas, intelectuais, familiares etc.

Ainda sobre o tema, lembrei-me de um vídeo muito popular sobre superação que traz o músico nicaraguense Tony Meléndez, radicado nos EUA e que atraiu a atenção do então Papa João Paulo II numa de suas visitas aos EUA (veja abaixo).



É bonito, generoso e fundamental entender a superação como forma de crescimento, mas isso funcionaria melhor ainda se atingisse o nosso interior - cada vez mais!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Debate em escola municipal de SP

Participo de debate com professores da EMEF CDHU São Miguel, em Itaim Paulista, zona leste da Capital. O encontro está marcado para as 9h 30 da manhã deste sábado, quando falarei sobre a proposta do livro O Saci de Duas Pernas.

Além da apresentação do livro, o papo deve girar em torno das dificuldades de aceitação das diferenças e discutir atividades para facilitar o entendimento do texto pelas crianças.

VENDAS EM NATAL - Enquanto isso, recebi hoje (18) telefonema no qual me informaram que o livro continua entre os dez mais vendidos na livraria Siciliano de Natal (RN), onde fiz o lançamento da obra em janeiro deste ano.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Peça será apresentada em novembro

A equipe do Grupo Teatral Ouviver me informou hoje que a apresentação da peça infantil O Saci de Duas Pernas acontecerá no dia 7 de novembro próximo, um sábado. Será durante o Festival de Teatro Escolar da EMEF Professor Carlos Pasquale, que acontece anualmente naquela escola municipal localizada no Itaim Paulista, na zona leste da Capital.

Os ensaios da montagem da peça baseada no meu livro já começaram. Fiquei feliz com esta notícia e, claro, com o empenho do grupo na adaptação. Vamos aguardar!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Matéria discute com equilíbrio papel do professor


Há tempos não lia um texto tão agradável e, ao mesmo tempo, contemporâneo sobre o cotidiano dos professores. Trata-se da reportagem Na berlinda, capa da Revista da Folha, suplemento do jornal Folha de S. Paulo que circulou no último final de semana. Os cinco pontos abordados pela revista foram precisos, embora representem parte do ocorre no universo das salas de aula e nas escolas.

No geral, o texto questiona o papel do professor a partir dos avanços tecnológicos, das doenças que atacam professores e alunos, da ação (ou inação) da família, do "poder econômico" na escola, e por fim, de quesitos como discriminação e violência. A análise apresentada é equilibrada.

Chama a atenção na matéria o relato sobre experiências de incorporação de novas tecnologias ao dia-a-dia escolar, tais como a internet e os telefones celulares para dar suporte ao aprendizado. Dois outros aspectos foram abordados de modo preciso: as doenças e a medicação pouco criteriosa de estudantes - que especialistas ouvidas pela revista chamam de "patologização da educação" - e a pressão "financeira" exercida por pais quando as escolas tentam apertar o cerca a estudantes com práticas pouco convencionais de relacionamento trazidas de casa à escola.

Recomendo a leitura (disponível na internet para assinantes no site da Folha/UOL) ou na versão impressa para assinantes do jornal. Na internet, leia clicando aqui.

Adaptação do livro para o teatro


Recebi da equipe dos professores Ulisses Sanches e Nádia Tripeno o texto de adaptação do livro O Saci de Duas Pernas para o teatro infantil. Gostei do modo como o trabalho foi conduzido, principalmente pela fidelidade ao original e pela criatividade no que foi inserido.

Ulisses e Nádia coordenam o Grupo Teatral Ouviver, da EMEF Professor Carlos Pasquale, uma das mais tradicionais escolas da Prefeitura de São Paulo no bairro do Itaim Paulista, zona leste da Capital.

Fico no aguardo para conhecer os detalhes sobre a montagem que será feita pelo pessoal do Ouviver. Parabéns!