domingo, 28 de março de 2010

Faz bem dizer somente o que é bom!

Uma notícia desta semana que passou me lembrou de uma máxima que adotei como regra há muitos anos. A tal notícia foi um desfecho violento para uma discussão que teria começado no Metrô de SP, segundo relato dos jornais. Dois rapazes começaram a discutir por motivo banal e, ao saírem de uma estação do Metrô, um deles atirou, ferindo o desafeto recente.

Esse tipo de coisa geralmente começa com um bate-boca sem sentido e, dependendo da postura e do sangue de cada um, pode evoluir. Por isso a máxima a que me referi é sempre bem-vinda, em qualquer situação:

SE NÃO TIVER NADA DE BOM PARA FALAR, NÃO FALE NADA!

Regrinha básica de sobrevivência nos grandes centros, que faz toda a diferença quando se sabe que cruzamos diariamente com pessoas estressadas e com os nervos à flor da pele. Como não dá para advinhar o estado de cada um, melhor usar a boa e velha tática de fazer de conta que não foi com você.

terça-feira, 23 de março de 2010

Espiritualidade

Estou lendo A Cabana, livro Willliam P. Young. Aborda a temática espiritualista a partir de uma tragédia humana.

O ritmo inicial da obra atrai mais do que quando a narrativa entra na seara das 'especulações teológicas' nas quais o personagem Mackenzie se vê envolvido ao voltar à "cabana" onde ocorrera a tragédia anos antes.

No mais, boa impressão sobre o desenrolar da história. Acabo em breve e comento mais.

quarta-feira, 17 de março de 2010

24 Horas e suas 'provocações' pertinentes


Sou fã antigo da série de TV 24 Horas, que tem o agente federal Jack Bauer encarnando o combate dos EUA ao terrorismo. O canal Fox está exibindo a 8ª temporada - a partir de agora tendo como locação a cidade de Nova York.

Descontados os abusos e absurdos das sessões de tortura, 24 Horas tem um roteiro primoroso que toca em pontos cruciais sobre a necessidade de tomada de decisões complicadas na vida. Diria que esse é um lado 'filosófico' da série, pois Bauer sempre está despido de pudores para agir em nome da "salvação do mundo". É como se ele sempre provocasse: "E você, o que você faria no meu lugar?".

Claro que a "guerra ao terror" nem de longe se assemelha aos conflitos do dia-a-dia das grandes cidades, cujos crimes são, em grande maioria, contra o patrimônio e contra a vida humana. O terrorismo é um inimigo sem pátria, que busca atingir seus objetivos sem objetivar, necessariamente, o lado econômico-financeiro. Em dados momentos, usa discursos de estados, de grupos ou de organizações para atingir seus objetivos ou atingir o que considera "inimigos". Nada disso tira seu status de "crime contra a humanidade".

Nas nossas metrópoles, episódios diários de barbárie são registrados em nome de causas variadas, provocando pavor e indignação coletivas - vide crimes como esse contra o cartunista Glauco e seu filho ou a morte da menina Isabella Nardoni. São, guardadas as devidas proporções, ações de 'terror', que sempre levam a sociedade a refletir sobre suas escolhas e erros.

Continuarei a ver esta temporada de 24 Horas com a certeza de que as escolhas de Jack Bauer sempre serão difíceis, embora já saiba que ele as tomará com o sangue frio habitual. E que vai continuar nos provocando: "O que você faria?".

segunda-feira, 15 de março de 2010

Contatos Consulado dos EUA em SP

Almocei hoje com dois representantes do Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo. Os norte-americanos David Brooks e Rebecca Snyder, respectivamente cônsul e vice-cônsul para Assuntos Políticos do Consulado, queriam informações sobre o processo eleitoral do ano que vem.

Foi um papo descontraído e plural, que também incluiu ideias sobre outros estados brasileiros, música e história do Brasil. No final, apresentei O SACI DE DUAS PERNAS à vice-cônsul. Ficamos de continuar conversando sobre o Brasil.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Lembrando Dizzy Gillespie


Dizem que uma coisa puxa outra e me parece mesmo verdade. A propósito da leitura de uma nota postada no blog do jornalista e músico Luís Nassif sobre os 55 anos da morte do grande Charlie "Bird" Parker, acabei vendo um vídeo no qual tocam Parker e Dizzy Gillespie (foto).

Aproveito para indicar o link do vídeo em que ambos tocam e relembrar tempos áureos do jazz.

Clique aqui e veja o vídeo com Parker e Dizzy.

QUEM FOI DIZZY - Reproduzo trecho de biografia de Dizzy Gillespie postada na Wikipedia: "John Birks Gillespie, conhecido como Dizzy Gillespie, (21 de Outubro de 1917 — 6 de Janeiro de 1993) foi um trompetista, líder de orquestra, cantor e compositor de jazz estadunidense, sendo, a par de Charlie Parker, uma das maiores figuras no desenvolvimento do movimento bebop no jazz moderno". Leia mais.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Números que servem de alerta

Veja abaixo um trecho da matéria Trânsito supera homicídio como principal causa de morte violenta em SP, do portal G1:

"Os acidentes de trânsito mataram 20 pessoas por dia no estado de São Paulo em 2008 e se mantêm desde 2007 como principal causa de morte não natural no Estado - posto que era ocupado até então pelos homicídios".

OLHANDO OS NÚMEROS - Há que se pensar na influência disso na vida das pessoas, pois sempre se fala que as estatísticas são "frias". Famílias inteiras são atingidas todos os dias por conta dos acidentes de trânsito em grandes cidades como São Paulo. Não podemos esquecer dos números catastróficos em nível nacional, que apontam 500 mil acidentes de trânsito por ano.

Isso é resultado de uma cultura que privilegia a individualidade e o espírito de competição. Ou seja, muitos motoritas usam o carro como uma extensão das disputas das quais participam no dia a dia. Significa também a falta de uma política nacional que privilegie a cultura do respeito - e isso deve ser feito desde cedo, em todos os lugares da vida em sociedade.

As crianças educadas de hoje no trânsito podem vir a ser motoristas melhores no futuro. Esta é uma coisa óbvia, mas parece que pouco se percebe a importância disso como mecanismo de mudança de atitude.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Quando o mito é usado em nome de uma causa



O grafite acima foi pintado há alguns anos na parede de uma lanchonete na região central de São Paulo. Ele é uma demonstração da possibilidade do uso de figuras míticas como símbolo de causas políticas, sociais ou simplesmente para sugerir o debate sobre determinado tema na sociedade.

Pela ideia que o autor expressou - com a clara intenção de denunciar a condição marginalizada de negros em grandes cidades -, tem-se uma noção de como o uso de imagens fortes e conhecidas como esta pode provocar reação em quem vê o grafite. O grafiteiro, identificado com movimentos sociais engajados na luta dos direitos dos negros, chama a atenção para o "orgulho negro" (o texto é direto, carregado de ironia).

Ao final, nomeia de "Saci Urbano" a parcela da população que sofre discriminação em batidas policiais e outras abordagens nas ruas da cidade.

O espaço urbano das metrópoles pode ser usado por seus habitantes para expressar ideias, discutir conceitos ou simplesmente vender produtos - em São Paulo um pouco menos por conta das restrições legais para publicidade.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Perdas e ganhos com a virtualidade


O professor Thomaz Wood Jr, da FGV e da revista CartaCapital, propõe ampliarmos o debate sobre a exposição das nossas crianças ao mundo virtual.

Em sua coluna desta semana, ele cita dados de uma pesquisa recente da Kaiser Family Foundation, uma organização sem fins lucrativos com sede na Califórnia, sobre a quantidade de horas que as crianças norte-americanos ficam diante dos meios eletrônicos.

Segundo o estudo da Kaiser F. Foundation citado por Woord Jr., a criançada dos EUA "passa hoje nada menos que 7 horas e 38 minutos diárias, em média, diante de meios eletrônicos". A pesquisa não tratou do uso desses meios para aprendizagem, e sim somente para diversão.

O artigo dele nos convida a uma reflexão profunda sobre os efeitos da exposição excessiva da nossa juventude aos videosgames, tevês e outros meios. Um velho ditado popular já diz que "tudo demais é veneno".

Leia aqui o texto Juventude Virtual e tire suas conclusões.

terça-feira, 2 de março de 2010

Hey, Google!

O site da BBC Brasil traz uma notícia curiosa hoje: uma cidade do Estado norte-americano do Kansas resolveu mudar de nome - "temporariamente". O prefeito de Topeka anunciou que a medida visa "chamar a atenção do Google" para que o gigante da web teste uma conexão ultra-rápida de internet na cidade.

Mais curiosa ainda foi a ideia de passar a nomear a cidade de "Google, Kansas", e ainda incluir uma espécie de sobrenome que justificaria a alteração - "a capital da fibra ótica".

Se a moda pega, a chuva de criações bizarras seria algo que nem o Google daria conta de catalogar com todo o seu aparato de informação...