segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sobre a solidão dos superconectados


As "redes sociais" dominam a comunicação via internet nos últimos tempos. Todo mundo já foi, é ou será 'convidado' a participar de uma delas - Facebook, Twitter, Orkut ou outras que ainda não pegaram no Brasil como Quepasa e Linkedin.

Enquanto a febre das redes toma conta do mundo, alguns insistem em alertar para os riscos da crescente mania de "superconexão" que vivenciamos. É fato que tem gente que se sente como se tivesse sido "desligado da tomada" quando fica sem internet por algumas horas. Alguns, dizem, "não saberiam mais viver sem a rede".

Matéria da revista Carta Capital desta semana trouxe à tona o problema acerca dos "superconectados". Especialistas e publicações questionam a eficácia das redes sociais como meio de comunicação. Alegam que esse modelo leva à regressão, pois nos remete a contato com pequenas frações do conhecimento. E o pior: nos afasta do contato com a realidade, com outras pessoas e, de quebra, altera o hábito de leitura de textos mais densos e mais complexos.

Em suma, as redes não aproximam tanto as pesssoas quanto estas acreditam e ainda tiram parte da sua capacidade de crescer intelectualmente. A tradução disso seria: estamos ficando mais solitários e mais preguiçosos.

Um bom debate, cujas críticas têm bom fundamento, mas não se encerram em si porque o processo de comunicação via redes é uma realidade sem volta.

ARMADILHA VIRTUAL - Para reforçar o argumento de quem fala da solidão dos habitantes do mundo virtual, eis que se noticia que um casal na Europa caiu em uma armadilha na própria rede: ambos se "conheceram" virtualmente, mas quando marcaram o encontro "real" descobriram" que eram marido e mulher. Restou ao casal da Bósnia a frustração que deve levar ao fim do casamento. Leia aqui.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Para ouvir e recordar fábulas clássicas


Aqui vai uma dica para quem adora ouvir fábulas, principalmente quando estas rementem a uma época em que as histórias infantis eram gravadas em "disquinhos" de vinil (compactos coloridos): é possível baixar para o computador um pacote no formato mp3 com todas elas.

Isso foi possível graças à digitalização da coleção Disquinho, um clássico lançado pela gravadora Continental ainda nos anos 50 e 60 e que se tornou o desejo de gerações inteiras quando se tratava dos contos de fada. São histórias como A Festa no Céu, O Macaco e a Velha, A Cigarra e a Formiga, A Bela Adormecida, Branca de Neve e os Sete Anões, dentre outras.

Clique AQUI e baixe a coleção inteira (pode ser cada história separadamente ou um pacote com algumas delas). Vale a pena recordar e ouvir como era interessante essa fase da criação que mexeu com crianças e adultos durante muito tempo.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Uma obra-prima brasileira no som experimental



O vídeo acima mostra O Trezinho do Caipira - uma das partes da obra Bachianas Brasileiras nº 2, de Heitor Villa-Lobos. Os sons são muitos conhecidos, mas ganharam forma diferenciada nas mãos dos mineiros do grupo experimental instrumental Uakti.

Eu já os conhecia ao ser apresentado ao som deles por um amigo, mas realmente entendi melhor o que fazem ao assistir a uma apresentação do trabalho do Uakti no programa Quem tem medo da música clássica, do jornalista Artur da Távola, na TV Senado.

É um trabalho que merece respeito e admiração. E mostra o talento brasileiro para criar, recriar e produzir o novo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A história de São Paulo e seus fatos curiosos


Ainda a propósito do 457º aniversário da cidade de São Paulo, comemorado ontem, reproduzo trecho de uma matéria da Folha de S. Paulo que fala sobre uma face interessante da história paulistana: o passado de alguns dos seus bairros mais conhecidos nacionalmente.

DA FOLHA DE S. PAULO (25/1/2011)

Passado de bairros de SP ajudam a entender expansão da cidade

RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO


"Gente já foi enforcada ao lado da atual praça da Liberdade, bem perto de onde hoje se come takoyakis, aqueles bolinhos de polvo.

Foi no começo do século 19. Nessa época, o centro de São Paulo tinha também o "beco da Cachaça", cujo nome dispensa maiores apresentações dos frequentadores. Mais sóbrias, senhoras lavavam roupa no rio Anhangabaú, hoje canalizado. Leia mais.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Recortes de momentos de ouro da MPB


O livro Os Sonhos Nâo Envelhecem - Histórias do Clube da Esquina, de Márcio Borges (Geração Editorial), é a narrativa de momentos marcantes da MPB - em particular da música que se produziu em Minas Gerais.

A entidade imaginária batizada por eles de Clube da Esquina foi a reunião de cabeças geniais como Borges autor do livro -, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Fernando Brandt, Wagner Tiso e outros. Um raro momento em que eles se conhecem, criam laços e algumas da mais memoráveis canções da MPB entre os anos 1970/80.

A obra serve de guia para as descobertas de parte de uma geração que não entendia direito o que passava a ocorrer no Brasil com o golpe militar de 1964, mas que aos poucos foi se engajando na luta por democracia e dias melhores. Do grupo, quem apenas fazia música era influenciado por quem entendia tudo de cinema, de literatura, de artes plásticas e de cultura geral - e foi nesse caldo que se formou o famoso Clube da Esquina.

Milton Nascimento, o Bituca, é retratado por Borges, um dos seus maiores parceiros musicais de forma honesta e muito comovente. Vale a pena ler e entender melhor o que estava por trás de tanta criatividade e que é uma das marcas desse grupo de mineiros e de tantos outros que vieram depois.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cartão virtual para contato com o autor

Participação no 1º Mix Literário do Itaim Paulista


A Casa de Cultura Gianfrancesco Guarnieri, do bairro do Itaim Paulista, realizará a 1ª Feira Mix Literário do Itaim no dia do aniversário de São Paulo, 25 próximo. Durante todo o dia funcionarão barracas e tendas com atividades culturais como literatura, teatro, poesia e discussões sobre a temática ambiental.

Participarei como convidado, ao lado de outros escritores da região - alguns dos quais hoje atuando na Grande São Paulo e em diversas regiões do país. Autografarei O SACI DE DUAS PERNAS e falarei ao público presente.

A PROPOSTA - Segundo a organização, o objetivo do evento é trabalhar com a comunidade literária do Itaim Paulista e região. Por isso "é importante trazer ações culturais para o Itaim, um bairro que no passado foi inteiramente rural, e com o passar do tempo foi se transformando em uma grande região dormitório, principalmente por não haver mercado de trabalho próprio".

Com a Feira Mix Literário, a Casa de Cultura quer prover atrações para uma parcela de habitantes deste bairro que tem cerca de 400 mil habitantes, mas não conta com livrarias e bibliotecas, e sim apenas com espaços literários concentrados em áreas internas das escolas municipais, estaduais e particulares e com uso restrito aos alunos".

SERVIÇO - 1ª FEIRA MIX DO ITAIM PAULISTA E REGIÃO
25 de Janeiro de 2011 das 10 às 17 horas
Rua Barão de Alagoas – 340 – em frente a Casa de Cultura Itaim Paulista

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"Prova da Cidade" usou trechos do Saci


Uma das avaliações de alunos da rede pública de ensino de São Paulo usou trechos do livro O SACI DE DUAS PERNAS no ano de 2010. As passagens da obra constaram da avaliação PROVA DA CIDADE, que é aplicada em grande parte da rede pública da capital todos os anos.

Nessa modalidade de avaliação, alunos respondem a questões de Língua Portuguesa e de Matemática. Depois que os resultados são finalizados, os professores recebem as avaliações para compreender o processo de evolução nos ciclos em que lecionam.


Um dos trechos reproduzidos do livro (ao lado) constou da prova de Língua Portuguesa aplicada para alunos do 3º ano do Ciclo I. Ao todo, a Prova da Cidade usou duas passagens do livro para embasar três questões respondidas pelos alunos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Notícia, cão, emoção: quando o fato é invenção!


Um cão guarda o túmulo da dona desde que ela morreu na tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. A foto e a história correram o mundo e provocaram comoção até fora do Brasil. O problema é que o fato não era verdadeiro.

O cãozinho que estampou as capas de jornais brasileiros e teve sua imagem multiplicada nos principais portais de notícias mundo afora não era o que aparecia ao lado da "sepultura da dona". O "astro" das fotos pertence a um voluntário que trabalha no sepultamento de vítimas. Ele diz que estranhou a notícia porque até o repórter que se interessou pela história foi avisado de que aquele tinha dono "vivo".

A notícia criada a partir de uma ideia de um repórter - e que não foi sequer checada - caiu depois que o jornal Diário de Teresópolis esclareceu que se tratava de uma "barrigada" - termo do jargão jornalístico usado para matéria que não tem como se sustentar, é "furada".

A tradução disso tudo é simples: a ânsia de alguns veículos de emocionar os leitores, ouvintes, telespectadores ou internautas. Foi mais um caso em que se buscou manter o público grudado no noticário - a todo custo.

O lado positivo é que as pessoas podem prestar mais atenção nas informações que circulam por aí, por aqui e por todos os cantos. Nem tudo o que a imprensa publica é, necessariamente, verdade.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os professores-robôs nas escolas coreanas


Mês passado, o jornal The New York Times trouxe uma notícia curiosa: o governo da Coréia do Sul iniciou um projeto que usa "professores-robôs" nas salas de aula. Trata-se de uma engenhoca que traz uma tela com a cara de uma professora (ou professor) e será usada, prioritariamente, em aulas de inglês. O robô é controlado por um complexo sistema de computação e consegue circular pela sala, interagir com crianças, sendo preparado para responder questões formuladas pelos estudantes.

A preocupação dos sindicatos e especialistas em educação foi, num primeiro momento, o desemprego. Os robôs poderiam desempregar de 20 mil a 30 mil professores de carne e osso, segundo temem os contrários à ideia. Mas os defensores da robotização da sala de aula dizem que seu uso será restrito a algumas séries, disciplinas - principalmente onde há falta de professores, o que evitaria trazer mestres de lugares distantes. A polêmica está formada.

Buscando o meio-termo no uso dessas máquinas, alguns estudiosos da novidade entendem que o ideal seria que fossem usadas apenas em áreas remotas - como ilhas - e apenas como reforço. No fundo, o que alimenta a discussão agora posta na Coréia é exatamente o "temor" dos professores de perderem seu lugar no "coração" das crianças para "máquinas frias" - embora os robôs-professores coreanos consigam até dançar em sala de aula.

Longe da polêmica fica uma pergunta: o professor é substituível?

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dois acontecimentos marcantes para o jazz


O mundo do jazz terá dois momentos para lembrar de um dos seus maiores nomes, o músico norte-americano Louis Armstrong. Sua voz grave, seus gracejos e passos cessaram há 40 anos, em julho de 1971. Já seu nascimento, em Nova Orleans, ocorreu em agosto de 1901. Estas serão as duas datas da memória musical do jazz em 2011.

Quem prefere comemorar a partir da saudade guardará os 40 anos da morte de Armstrong. E quem escolher pensar quando ele veio ao mundo, certamente ficará com as recordações dos 110 anos do seu nascimento.

VOZ MARCANTE - Impossível um ouvido que nunca tenha sido atraído pela voz de Louis Armstrong interpretando o seu sucesso mais popular, "What a Wonderful World", de 1968. A canção fez tanto sucesso que foi recuperada em 1987, na trilha sonora do filme "Good Morning, Vietnam".

É sempre bom lembrar as pessoas que fizeram história, e sem dúvida Armstrong é um dos rostos mais conhedidas da música negra dos EUA. Virou lenda muito jovem e ficou na memória musical do mundo para sempre.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

As rugas da vergonha


O jornalista Paulo Nogueira comentou em seu blog DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO um caso ainda inédito na imprensa brasileira: uma apresentadora da rede britânica BBC foi à Justiça - e ganhou a causa - depois de ser 'rebaixada' por não concordar com a decisão da TV de que deveria aplicar botox para 'esconder as rugas'.

Nogueira, que já trabalhou na grande imprensa brasileira e hoje vive em Londres, relatou que a jornalista inglesa foi indenizada em cerca de R$ 750 mil por não aceitar a condição imposta pela BBC. A profissional em questão já havia passado dos 50 anos - e não estava em discussão sua competência e prestígio como apresentadora, e sim as suas "rugas". A empresa alegava que com a TV de alta definição "iria ficar impossível disfarçá-las".

O caso é uma demonstração vergonhosa da rendição à estética, em detrimento da competência, da capacidade e, sobretudo, dos mais elementares valores humanos, como o respeito à condição natural que a vida impõe a qualquer pessoa ao envelhecer.

É um culto brutal a um modelo, uma fantasia que não se sustenta pelo simples fato de que não há como deter as mudanças físicas (faciais) - pode-se retardar ou atenuar os sinais. O problema, neste caso, é que havia uma imposição do "vídeo".

Não se perguntou aos telespectadors o que eles achavam de tamanho absurdo. Se perguntassem, certamente todo mundo se olharia no espelho...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vivendo e aprendendo a jogar


"Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização".

Lya Luft, escritora, poetisa e tradutora.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nota sobre a fase dos "superpoderes"


A informação abaixo é a reprodução de um trecho de reportagem publicada na Folha Online (Ciência):

Mudanças no cérebro de rato podem explicar por que jovens não têm medo

DA FRANCE PRESSE

"O cérebro sofre mudanças na adolescência que suprimem os medos aprendidos na infância, revelou um estudo divulgado na segunda-feira e que pode explicar por que os adolescentes parecem tão destemidos para seus pais". Leia mais.

COMENTÁRIO - A reação dos adolescentes - que em geral ignoram os riscos contidos em diversos atos e ações e deixam os pais de "cabelo em pé" - pode ser explicada por esta descoberta da Ciência.

Acrescento um palpite puramente intuitivo: a necessidade de enfrentar o mundo e provar a todos que tem "superpoderes" deve dar uma mãozinha a esse tipo de comportamento desprovido de "juízo", como se diz popularmente.

Além do mais, a tentação de provar da novidade, da "última", e "ter o que contar" para impressionar os demais - principalmente "as demais" (garotas) - é um toque que podemos acrescentar ao caso ainda em estudo pelos cientistas.

O certo mesmo é que diante dos perigos reais todos nós sentimos medo - e alguns riscos são ignorados porque não tratamos deles com o exemplo, e sim apenas com discurso. E discurso por discurso é tudo o que não convence ninguém, ainda mais uma pessoa em plena fase de super-herói, como é o caso do adolescente.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Megamente e o mal em "crise existencial"


Divertido, fora da lógica básica dos desenhos animados e um carrossel de dúvidas: esta é a situação do vilão Megamente (EUA, 2010) - de filme homônimo que vi outro dia. A produção flerta com filosofia e bizarrices infanto-juvenis até esbarrar no velho dilema da luta do bem contra o mal.

Como todo malvado, Megamente luta para destruir o bem, que na cidade de Metro City atende pelo nome de Metro Man (cuja cara é uma mistura de Superman, Sr. Incrível e o 007 dos óleos Bardhal). O problema é que, depois de incontáveis tentativas, ele consegue e passa a sofrer um sério problema existencial: o que fazer sem ter o bem para combater?

Sua alternativa é criar uma figura do bem, mas a coisa sai errada e ele é obrigado a mudar de lado - passando a combater o "outro mal", embora não queira parecer que agora está a favor do bem.

O mérito do filme é mexer com conceitos filosóficos de maneira engraçada, sem nexo e com poucos efeitos visuais. Os diálogos seguem a mesma linha do desengonçado vilão, tropeçando a toda a hora em trocadilhos com as expressões bem e mal.

No fundo, é muito bom. Um mal que faz bem. E faz rir também!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Exposição em SP conta história do Islã


Uma boa dica de férias para quem mora ou visita a cidade de São Paulo neste mês é a exposição ISLÃ: ARTE E CIVILIZAÇÃO, que será aberta no dia 18 janeiro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

A exposição traz pela primeira vez obras de diversos museus do Oriente Médio e de bibliotecas de países da América do Sul e da África. A intenção da curadoria da mostra é "contar 1.400 anos de história do Islã em 300 obras". A entrada é gratuita e a visitação será de terça a domingo, das 10h às 20h.

Os trabalhos ocuparão o subsolo, o 1º, o 2º e o 3º andares do prédio, cuja arquitetura já vale a visita.

Para quem se interessar, o endereço do CCBB de São Paulo é: Rua Álvares Penteado, 112, região central da Capital. Telefone: (11) 3113-3649.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Filme antigo, tema atual e sempre polêmico


As especulações geradas pela condição de um personagem vivido pelo ator Marcelo Antony na novela Passione (Globo) deram margem a acalorados debates sobre um tema complexo e sempre polêmico: a pedofilia. Embora o autor da trama garanta que esta não é exatamente a situação de Gerson (Antony), o fato é que a discussão tomou conta das ruas, dos blogs, dos jornais e revistas nos últimos tempos.

Natualmente causadora de repulsa, a pedofilia é um tipo de crime que muitos especialistas consideram ter uma pena branda no Brasil. Em alguns estados dos EUA dá pena de morte. Esta parte do debate tem caráter jurídico e tem sua força movida a emoções e conflitos para os quais a sociedade ainda não encontra saídas facilmente. Existe, de fato, o consenso sobre a natureza cruel e repulsiva do ato.

A propósito do assunto, vi dia desses o filme O LENHADOR (EUA, 2004), estrelado por Kevin Bacon e grande elenco. Aborda o espinhoso tema ao contar a história de Walter, um ex-prisioneiro que passou doze anos na cadeia por crime de pedofilia. Sai da cadeia para a liberdade condicional, vigiado, odiado - e até é aceito por uma mulher que conhece no trabalho. O que parece impossível é Walter se libertar dos fantasmas que o atormentam.

Vive pisando no fio da navalha, muito menos pelo sistema que o vigia e pelos que o cercam, e muito mais pela perturbação que envolve a personagem. O filme aborda um problema delicado sem assumir posição, mas demonstra rara sensibilidade ao mexer sutilmente com medos e ódios tão caros à sociedade como um todo - particularmente à família. O mérito da trama está neste ponto.

Trata-se de um debate antigo, que dificilmente será resolvido mesmo com as necessárias penas duras aos pedófilos. Envolve desvios de comportamento e, como tal, pede um conjunto de ações do tamanho da sua complexidade.

O filme é antigo, mas o debate não sai de cena, embora ganhe ares de novidade sempre que alguém resolver mexer no vespeiro. Recomendo o filme como reflexão, não como meio de compreender esse tipo de comportamento estranho a tudo o que se espera de um ser humano minimamente dotado de sentimentos.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Num pulo estamos em 2011!


Toda a maratona das festas se encerra com a passagem de ano, com a chegada do Ano Novo e sempre inspira novidades, mudanças, realizações, desejos e projetos. É isso que todo mundo quer, é isso que se busca e é isso que fazemos ao darmos aquele "pulo" de um ano para o outro.

FELICIDADES, ALEGRIAS, TRABALHO, DEDICAÇÃO E MUITA SAÚDE A TODOS!