segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Palestra em escola estadual na Vila Ré

Estive hoje na Escola Estadual Professora Aparecida Masiero, na Vila Ré, zona leste da capital paulista. Na palestra, falei para alunos e professores do ensino fundamental, com a participação do ilustrador do Saci de Duas Pernas, Altemar Domingos.

Além do bate-papo sobre o livro e sua temática, aproveitamos para realizar uma pequena oficina de desenho sob o comando do Altemar. Ao final foram produzidos desenhos do Saci e produzidas redações sobre o enfrentamento ao preconceito.

O evento foi realizado a propósito do Dia do Saci, comemorado neste dia 31.

Muito boa a visita a esta escola da rede estadual.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mais duas apresentações da peça "O Saci"

A Casa de Cultura do bairro do Itaim Paulista, na zona leste paulistana, apresenta a peça O SACI DE DUAS PERNAS nos dias 25 e 26 deste mês. A apresentação acontecerá na sala Gianfrancesco Guarnieri, a partir das 16h, com entrada gratuita.

A montagem está a cargo do diretor teatral Reggie Fontes, da Cia Teatral Arteiros Espetaculosos. Ele é o responsável pela adaptação do texto do livro para o teatro.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Discriminação rende indenização em SP


Trecho de reportagem do portal G1 repercute notícia que dá conta de condenação a shopping center no interior de São Paulo onde uma criança com síndrome de Down foi "proibida" de brincar junto com outras crianças. Veja abaixo:

Justiça condena shopping de SP por preconceito contra criança com síndrome de Down

"O Taubaté Shopping, em Taubaté, cidade a 134 quilômetros de São Paulo, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 40 mil a uma família da cidade. O motivo: impedir uma criança com Síndrome de Down de brincar no parquinho. Para a Justiça, a medida foi preconceituosa e discriminatória". Leia mais.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um belo clipe bem brasileiro!

Paralamas do Sucesso e Zé Ramalho juntos não poderia dar em outra coisa: uma letra e uma melodia para encantar olhos e ouvidos, além de dizer muito da criatividade e da diversidade brasileira. Clique abaixo e veja o vídeo!

Pasquale entra na 'polêmica linguística' do ano


Reproduzo trecho de artigo publicado pelo professor PASQUALE CIPRO NETO na Folha de S. Paulo de hoje (26):

PASQUALE CIPRO NETO

O que discutir sobre o polêmico livro?




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Definitivamente, não se pode dizer que esse livro "ensina errado". O cerne da questão é outro
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"Em 1988, eleita prefeita de São Paulo, a professora Luiza Erundina nomeou Paulo Freire secretário da Educação do município. Antes de assumir, o consagrado educador disse mais ou menos isto: "A criança terá uma escola na qual a sua linguagem seja respeitada (...) Uma escola em que a criança aprenda a sintaxe dominante, mas sem desprezo pela sua (...) Precisamos respeitar a sua sintaxe mostrando que sua linguagem é bonita e gostosa, às vezes é mais bonita que a minha. E, mostrando tudo isso, dizer a ele: "Mas para tua própria vida tu precisas dizer a gente chegou em vez de dizer a gente cheguemos". Isto é diferente, a abordagem é diferente. É assim que queremos trabalhar, com abertura, mas dizendo a verdade". Leia mais.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Guarulhos (SP) tem Salão do Livro até maio


Do site do Salão do Livro de Guarulhos

"A Prefeitura de Guarulhos realiza entre os dias 29 de abril e 8 de maio um dos maiores eventos literários da Grande São Paulo: o Salão do Livro de Guarulhos (Rua Odair Santanelli – Cecap).

Os encontros com escritores nacionais e estrangeiros e as atividades culturais e de lazer acontecerão numa tenda climatizada de 8 mil m², onde cerca de 80 mil títulos poderão ser encontrados em 78 stands.

No Salão do Livro de Guarulhos os visitantes encontrarão lançamentos da literatura mundial com 20% de desconto no livro do dia. A Secretaria de Educação está entregando o CredLivro no valor de R$ 150,00 para cerca de 5 mil educadores da Rede Municipal; alunos das Escolas da Prefeitura receberão a Notinha Legal no valor de R$ 8,00. A compra é livre, ou seja, alunos e professores poderão adquirir livros de acordo com seus interesses pessoais.

O Salão do Livro de Guarulhos é aberto a pessoas de todas as idades; a entrada é gratuita. Na edição de 2010 o Salão do Livro de Guarulhos recebeu mais de 200 mil pessoas, movimentando mais de R$ 5 milhões. A expectativa dos organizadores é que esses números aumentem na edição deste ano".

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Os 129 anos do nascimento de M. Lobato


FANNY ABRAMOVICH

"O maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro Lobato, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). Cresceu numa fazenda, se formou em direito sem nenhum entusiasmo, já que sempre quis ser pintor! Desenhava bem! Quando estudante, participou do grupo "O Cenáculo" e entre risadas e leituras insaciáveis, escreveu crônicas e artigos irreverentes. - Em 1907 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem teve três filhos. Entediado com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios, fez traduções, mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura arcaica, criou o polêmico "Jeca Tatu", fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo. - Em 1918 lançou, com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS. Fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente, lançando autores inéditos e chegando à falência. - Em 1920 lançou A MENINA DO NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Voltolino, conseguindo sua adoção em escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares. - Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Convidado pra ser adido comercial em New York ficou lá por 4 anos (de 1927 a 1931) fascinado por Henry Ford, pela metalurgia e petróleo. Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa. - Voltou para o Brasil, se jogou na Campanha do Petróleo, fazendo conferências, enviando cartas, conscientizando o país inteiro da importância do óleo. Percebeu, então, o quanto era conhecido e popular. Foi preso! Alternou entusiasmo e depressão com o Brasil. - Participou da Editora Brasiliense, morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, escreveu para crianças ininterruptamente e com sucesso estrondoso, traduziu muito e teve suas obras traduzidas. - Morreu em 4 de julho de 1948 dum acidente vascular. - Suas obras completas são constituídas por 17 volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios, artigos e correspondência". Leia mais.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Boa reflexão em meio ao caos da tragédia


Docente da USP publica artigo no jornal O Estado de S. Paulo refletindo sobre a necessidade de diferenciação entre uma escola e instituições comerciais e financeiras.

Vale a pena ler e pensar de forma mais assentada sobre o tema da segurança nas escolas após o ocorrido no Rio de Janeiro, cujas feridas geram toda sorte de proposta que 'garantiria' a segurança. Leia um trecho abaixo:

Escola não é joalheria ou banco

Silvia Gasparian Colello - O Estado de S.Paulo


"O fato ocorrido no Rio teve impacto não apenas naquela escola de Realengo, mas em muitas outras do País. Os educadores terão de repensar procedimentos de segurança, mas tomando cuidado para não comprometer a participação de pais e comunidade, que é indispensável.

A segurança na escola não pode ser confundida com a de uma joalheria ou a de um banco". Leia mais.

domingo, 10 de abril de 2011

Peça do livro em Feira de Teatro no interior

A peça infantil O SACI DE DUAS PERNAS será encenada no interior de São Paulo. O grupo ARTEIROS ESPETACULOSOS, responsável pela montagem, confirmou participação na III FEIRA PAULISTA DE TEATRO DO OPRIMIDO, na cidade de Hortolândia, na região de Campinas. As apresentações acontecerão nos dias 28 e 29 de maio próximo.

O espetáculo é uma adaptação do diretor teatral Reggie Fontes do meu livro O SACI DE DUAS PERNAS.

O convite para a apresentação do SACI veio da Secretaria de Cultura de Hortolândia.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sobre o Memorial da Inclusão em SP

Reprodução de trecho da reportagem do Jornal Nacional desta quinta-feira (10) que mostra a criação de um memorial para resgatar as reivindicações dos deficientes físicos pela ampliação da inclusão no país. Veja um trecho abaixo:

Museu guarda memória da luta dos deficientes físicos por seus direitos

"O Jornal Nacional apresenta um lugar que permite a pessoas com deficiência física entrar em contato direto com a arte, como mostra a repórter Neide Duarte.

O Museu da Pessoa com Deficiência é pequeno e ocupa pouco espaço. O memorial foi criado para que a história não se perca, uma luta que começou em 1981, Ano Internacional da Pessoa com Deficiência, tempo de passeata pelo centro de São Paulo, com cadeirantes e até uma mulher em uma maca. Os cartazes eram tão simples quanto os desejos".

VEJA MAIS.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Destaque no boletim cultural da Apeoesp


O Saci de Duas Pernas foi destaque no boletim educacional e cultural do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Veja reprodução da capa.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Autoridades, conflitos e direitos em discussão


Dois episódios ocorridos em São Paulo chamam a atenção do país pelas contradições, polêmicas e por conta das pessoas envolvidas. No primeiro, um delegado foi acusado de agredir um cadeirante ao ser questionado por ocupar uma vaga destinada a deficientes. No segundo, um vídeo que se espalhou dia desses na internet, dá conta de uma ação da Corregedoria da Polícia Civil paulista na qual uma escrivã acusada de corrupção é despida à força por policiais.

No primeiro caso, o delegado acusado da agressão disse que "apenas deu uns tapas" no cadeirante depois de sofrer algum tipo de agressão verbal. No outro, o delegado da corregedoria despiu a investigadora acusada para encontrar a prova que buscava - dinheiro ilícito que esta teria escondido em peça íntima.

Duas autoridades em situações distintas, mas que remetem a uma reflexão: até onde vai o poder de quem representa a lei? A legislação a esse respeito é clara, sabemos disso - e ambos certamente sabiam muito bem, mesmo quando foram além dos limites impostos pela lei. Ambos conflitos provocaram muita discussão nos últimos dias.

Houve quem defendesse a ação truculenta contra a investigadora, uma vez que a situação dela seria insustentável: como pode uma policial compactuar com o crime? Portanto, seria justo que, "ao mudar de lado", ela deveria receber o mesmo tratamento de uma criminosa comum - se bem que isso renderia outro debate mais profundo ainda.

Esses dois conflitos lembram uma velha máxima popular: um crime (ou um suposto crime, melhorando o ditado) não justifica o outro. Um erro não deve ser encoberto por outro. Ao ocupar a vaga do cadeirante o delegado já cometeu uma infração, que não poderia ser acobertada pela reclamação - ainda que por um impropério - deste. E nem faz sentido uma pessoa ser investigada sem que se respeitem direitos básicos de imagem e de intimidade.

A complexidade dos casos só demonstra o quanto ainda precisamos avançar no entendimento do que são "direitos humanos" - algo que vai muito além dos presídios, dos presos, mortos e feridos que movem o debate mais comum acerca deste tema na sociedade.

Todavia, esses casos já revelam a grossa camada histórica brasileira que encobre a tradicional frase atribuída a "autoridades" sempre que estas são questionadas ou querem provar que estão acima de alguém: "Você sabe com quem está falando?".

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sobre imagens, palavras e individualismo


Em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira (15), o jornalista Jairo Marques faz um interessante jogo de palavras com uma definição clássica de comunicação segundo a qual "uma imagem vale por mil palavras". Como o mundo também é habitado por deficientes visuais, ele reordena a máxima: "Para quem nada vê, imagem nenhuma substitui as palavras".

Seu artigo é voltado para cobrar a implantação do sistema de "audiodescrição" na programação das tevês. Já existe tecnologia e lei para tal fim. A coisa funcionaria de forma simples: durante duas horas por dia, as redes de televisão ofereceriam a opção de um locutor descrevendo o que se passa no programa em exibição - além do recurso dos caracteres na tela conhecido como "closed caption".

Segundo ele, algo como dizer o que uma atriz faz, descrever um personagem em movimento ou alguns sons que são emitidos e que não são devidamente compreendidos por quem não vê. Seria uma espécie de "tradução" do que o vídeo mostra.

Concordo plenamente com a ideia, que vai além de uma "mãozinha" aos deficientes visuais. Amplia o conhecimento para quem é deficiente, sem esquecer que se trata de maior acesso à cidadania. Basta lembrarmos que a tevê, muitas vezes, exibe cenas durante minutos seguidos em que aparecem apenas imagens e trilha de fundo.

A propósito disso, lembro-me quando da instalação do sistema que avisa em que qual andar o elevador está e também informa sobre a abertura e fechamento das portas deste. Alguns prédios em grandes cidades já dispõem desta "gravação" - que deveria ser obrigatória em todos os elevadores, em edifícios novos ou antigos.

No meu local de trabalho, assim que o sistema começou a funcionar, muita gente reclamava da "chatice" de ouvir "porta abrindo, porta fechando, terceiro andar". Certamente se esquecendo de que isso é fundamental para quem não vê.

É a velha luta contra o individualismo, outro inimigo da inclusão.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quando o limite é a insanidade


Em todo o mundo, o futebol tem exemplos de ultrapassagem dos limites básicos de civilidade e respeito. Não importa o campeonato. É raro tomarmos conhecimento de alguma partida com equipes de renome - nacional ou internacional - em que a disputa se encaixe na clássica frase "que vença o melhor".

Milhões de cabeças, bolsos, cofres e interesses que povoam os campos, clubes, entidades, jogadores, dirigentes, patrocinadores - e por último os torcedores - fazem deste esporte um vetor de explosões e de problemas que mexem com a sociedade, nem sempre de modo a colaborar para uma convivência sadia.

A mídia destaca no Brasil os recentes casos de dois jogadores que estão deixando os campos por medo da fúria dos torcedores. Dirigentes são acusados de participar de negociatas e toda sorte de transações no mercado da bola. Juízes comentam ou são acusados de favorecer este ou aquele time. São diversos exemplos que mostram como este esporte popular hoje está tomado de problemas.

Afora os problemas acima citados, o comportamento e a reação das torcidas e de determinados torcedores talvez sejam os mais degradantes do ponto de vista da quebra de valores sociais e morais importantes e caros à sociedade como um todo. A regra dentro e fora dos campos não tem sido a do respeito aos adversários, nem mesmo aos torcedores do mesmo time. São fartos os exemplos até de assassinatos de torcedores no mundo todo, em particular no Brasil nos anos recentes.

Vale frisar o modo como determinadas pessoas se tratam no dia-a-dia, em geral usando adjetivos ligados aos nomes dos times de forma pejorativa. Não raro é notarmos o quanto se busca 'diminuir' o torcedor do time adversário com denominações como 'assaltante', 'veado' ou 'pobre'. Termos desse naipe são repetidos a toda hora em locais de trabalho, escolas, bares, restaurantes, em casa ou na rua. Virou um vício nacional maltratar o torcedor do time com o qual não simpatizamos.

De fato, trata-se de uma distorção que teria tudo para ser uma brincadeira, não fosse o modo agressivo com quem crescem os problemas e o que provocam a longo prazo. A velha e saudável "disputa" virou simplesmente um caso de vida ou morte para determinadas pessoas que fazem do futebol uma espécie de válvula de escape para problemas ou frustrações maiores.

Espera-se que a consciência acerca disso vire motivo de debate daqui a algum tempo, sob pena de perdermos o senso. Sabemos que torcer por um time é um ato de paixão, de prazer e de alegria, mas isso não pode ser confundido com uma espécie de carta branca para o desrespeito geral aos "adversários". Não faz bem a ninguém o esporte virar uma fábrica de 'inimigos' que se cruzam em todos os cantos, sempre expostos a explosões de fúria e outros problemas, maiores ou menores.

Cidadania é algo que este esporte perdeu um tanto de vista nos últimos tempos, mas pode-se recuperar com a consciência de que ninguém é melhor ou pior do que ninguém por conta de um time de futebol. E nem tem motivos para fazer disso uma batalha diária contra os outros.

Torcer com respeito e dignidade é o melhor caminho!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sobre a eterna busca humana pela felicidade


"Não existe caminho para a felicidade; a felicidade é o caminho".

MAHTMA GANDHI

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um lamentável alerta nas escolas


De tempos em tempos somos surpreendidos pela publicação de pesquisas que apontam o aumento dos casos de agressão sofrida por professores em salas de aula de todo o país. Os casos mais recentes mostrados pela imprensa dão conta de ataques sofridos por mestres em escolas particulares - inclusive em universidades.

O clima de tensão levou sindicatos de professores a reagir: em Minas Gerais, o sindicato da categoria criou um telefone "0800" para ligações somente para casos de agressão. As denúncias serão levadas à Justiça, segundo os sindicalistas, para proteger os professores e barrar a violência.

Este é mais um lamentável alerta nas escolas. Assunto restrito ou tido como próprio de escolas públicas, as agressões praticadas por alunos ganharam a rede particular, embora se saiba que sempre existiram casos dessa natureza. Apenas não se tocava no assunto, como agora fazem os professores mineiros.

ALERTA E SAÍDAS - É um alerta que exige atenção, ação e deveria provocar reflexões mais profundas em casa, na escola e por parte das autoridades. Afinal, esse tipo de violência não pode ser tido como ato de rebeldia. Aos pais, a necessidade urgente de se pensar em ações que resultem em impor limites às crianças, jovens e adolescentes.

Do contrário, a tendência é assistirmos a um recrudescimento desses atos que não condizem com os objetivos básicos da escola - conhecimento, sociabilidade, amizade e crescimento com cidadania.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A gentileza aprovada pela Ciência

Trecho de matéria do portal IG

Ser gentil faz diferença

Capaz de trazer felicidade e de proteger o grupo, os efeitos e motivos da gentileza são cada vez mais validados pela ciência


"O impulso de ser gentil ou altruísta é natural ao ser humano e um importante mecanismo evolucionário, de acordo com o professor de ciência comportamental Samuel Bowles, do Instituto Santa Fé, nos Estados Unidos. Bowles está lançando “A Cooperative Species – Human Reciprocity and its Evolution” (ainda sem editora no Brasil), livro em que afirma que o ser humano é cooperativo em sua essência. “Quando grupos cooperativos se dão melhor na disputa com outros ou sobrevivem melhor a crises ambientais, o resultado é uma espécie cada vez mais colaborativa”, disse ao iG. Ele defende que mesmo arcando com um custo pessoal, a ser humano tende a ser gentil por conta dos sentimentos de orgulho e satisfação – uma recompensa estratégica para a gentileza e para o altruísmo". Leia mais.

COMENTÁRIO - É fato que o tratamento gentil melhora qualquer ser humano, faz com que sejamos mais completos e agradáveis. Não é o que os outros pensam ou querem de nós que faz a diferença, e sim o que está dentro de nós permanentemente.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O privilégio das histórias simples e verdadeiras


Sempre me considerei privilegiado em diversos aspectos da vida pessoal e profissional, e digo isso com orgulho e alegria, sem qualquer ponta de soberba. Hoje reencontrei mais um desses privilégios - que veio ao meu encontro por mera casualidade.

Para não deixar os leitores e leitoras curiosos, vou resumir contando uma pequena história, real, que vivi no início da noite desta sexta-feira (4):

Um rapaz vem ao meu local de trabaho para realizar um serviço de manutenção nos computadores e, enquanto mexe na configuração de uma das máquinas, é indagado por alguém próximo se já conhecia o meu livro. Depois de ouvir a recomendação sobre a obra, o rapaz fica curioso e eu, claro, interessado em apresentar O SACI DE DUAS PERNAS.

Pego um exemplar do livro, ele folheia, diz achar interessante e se concentra em alguns comentários que faço. Em seguida, ouço dele uma afirmação verdadeira e muito segura: "Eu sei do que este livro trata. Tenho um filho cego, sei como é isso".

Calmamente, ele me conta as dificuldades que viveu e vive para manter viva a chama entre ele e o filho - hoje com cinco anos. O garoto mora com a mãe e tem outras deficiências além da visual - que incluem problemas de mobilidade e mental.

Concentro-me no brilho dos olhos do pai falando dos progressos do filho e da alegria de tê-lo. Não demonstra e nem se refere em momento algum a frustrações por saber que o garoto não terá o mesmo estilo de vida que os outros dois filhos que nasceram depois deste - e que não têm nenhuma deficiência. Seu depoimento é repleto de paixão, atração, carinho e sinceridade.

Autografo um livro para ele levar e ler para os filhos. O rapaz se diz ansioso para contar ao seu 'super especial' a história que acabara de conhecer e que, na prática, já conhecia muito antes de eu publicar o texto do SACI.

Seu jeito de encarar a realidade e compreender a diversidade é que fecha a história que ele conta como quem se alimenta de esperança por um mundo melhor.

Eis um privilégio que recebi, além de outros tantos: ter sempre boas e verdadeiras histórias vindo ao meu encontro. Sempre emocionantes, cheias de vida e de alegria. E isso me faz acreditar sempre mais na força do ser humano como meio de transformação da realidade que muitos teimam em ver apenas pelo lado difícil.

É interessante saber que pessoas que você conhece, mas nem sempre fala com elas, podem ter histórias internas que elas só contam a outros quando têm certeza de que podem ser úteis - para multiplicar a esperança, a alegria e a felicidade.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Medida que foge a qualquer ideia de bom senso


O sempre bem-humorado jornalista paulistano Ricardo Kotscho questionou em seu blog BALAIO DO KOTSCHO uma medida adotada pelo órgão de perícias médicas que seleciona futuros servidores públicos aprovados em concurso no Estado de São Paulo.

A pergunta direta foi o tema da postagem dele: Por que gordo não poder dar aulas?

Lembrando-se da mudança de "nomenclatura" politicamente correta, na qual "gordo" virou "obeso", e brincadeiras à parte, Kotscho discorre sobre uma proibição que não faz o menor sentido. Ainda mais em se tratando da seleção de futuras professoras para a rede estadual de ensino, justamente onde estas poderiam reforçar a necessidade do respeito à diversidade.

Ser obeso pode, eventualmente, trazer problemas de saúde às pessoas, mas isso não as impede de exercer sua profissão - e nada impede que se seja feliz quando se vive acima do peso desejado ou imposto por qualquer padrão. Eis que o jornalista satiriza a decisão do órgão estadual que vetou as professoras por suposta obesidade:

"Só espero que também não proibam os carecas e os sexagenários de exercer o ofício de jornalista. Falando sério: quem foi que inventou este critério para o Departamento de Perícias Médicas de São Paulo poder vetar professores gordos já aprovados em todas as fases anteriores do concurso para o magistério estadual? Lembro-me que alguns dos meus melhores professores eram mais gordos do que eu".

É bom não perder o senso para não criar mais um entrave à boa convivência social. E ninguém pode ser alvo de uma discriminação, ainda mais vinda do Estado.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vitória do Popeye e da alimentação saudável


Trecho de reportagem da coluna Radar Científico, do Estadão:

Popeye tinha razão

"Um estudo científico demonstrou que Popeye tinha razão ao afirmar que sua força vinha do espinafre. O famoso marinheiro, personagem de quadrinhos americano que depois virou desenho animado, engolia o conteúdo de uma lata de espinafre cada vez que tinha que utilizar seus músculos para sair de uma encrenca.

Agora os pesquisadores descobriram que comer um prato de espinafre todos os dias realmente aumenta a eficiência muscular. O consumo de 300 gramas de espinafre reduz em um 5% a quantidade de oxigênio necessária para o funcionamento dos músculos quando se faz exercício físico, segundo um estudo publicado na revista Cell Metabolism". Leia mais aqui.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Uma receita de desrespeito e vazio


Aprender é uma obrigação e não alcançar os objetivos traçados pela escola e pelos pais rende castigos, maus-tratos e humilhações: esta é a receita que se aplica na China para se "educar" os filhos, segundo relata em livro a professora de direito americana Amy Chua, filha de imigrantes chineses.

A história do "método educacional" que teria levado a China ao topo do ranking mundial em aproveitamento escolar está em reportagem da revista Exame, edição 0984 (leia aqui). A autora teria resumido no livro Battle Hymn of the Tiger Mother (algo como “Hino de batalha da mãe-tigre”, numa tradução livre) o modo como "educou" as duas filhas.

A receita dela é simples: cobrar, forçar, humilhar e incutir na cabeça dos filhos que eles não passam de figuras que devem, antes de mais nada, obediência ao que seus pais desejam e sonham. O resto é enganação "ocidental".

Quem procura resultados, pode ser que se dê bem com o tal método. Quem procura a formação de uma pessoa na íntegra, com valores humanos, morais, sentimentos e sem frustrações, certamente pensaria duas vezes antes de avalizar tais ideias. Como diz o ditado, quem semeia vento colhe tempestade.

Se bem que é sempre oportuno lembrar que nunca faltam aqueles que vivem do passado e apelam para a nostálgica e infeliz "no tempo da palmatória era melhor". E nem se deram conta, talvez, de tantos frustrados e infelizes aquele método "educacional" gerou. Ou todo mundo "de antigamente" era feliz, como se imaginava?

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sobre a solidão dos superconectados


As "redes sociais" dominam a comunicação via internet nos últimos tempos. Todo mundo já foi, é ou será 'convidado' a participar de uma delas - Facebook, Twitter, Orkut ou outras que ainda não pegaram no Brasil como Quepasa e Linkedin.

Enquanto a febre das redes toma conta do mundo, alguns insistem em alertar para os riscos da crescente mania de "superconexão" que vivenciamos. É fato que tem gente que se sente como se tivesse sido "desligado da tomada" quando fica sem internet por algumas horas. Alguns, dizem, "não saberiam mais viver sem a rede".

Matéria da revista Carta Capital desta semana trouxe à tona o problema acerca dos "superconectados". Especialistas e publicações questionam a eficácia das redes sociais como meio de comunicação. Alegam que esse modelo leva à regressão, pois nos remete a contato com pequenas frações do conhecimento. E o pior: nos afasta do contato com a realidade, com outras pessoas e, de quebra, altera o hábito de leitura de textos mais densos e mais complexos.

Em suma, as redes não aproximam tanto as pesssoas quanto estas acreditam e ainda tiram parte da sua capacidade de crescer intelectualmente. A tradução disso seria: estamos ficando mais solitários e mais preguiçosos.

Um bom debate, cujas críticas têm bom fundamento, mas não se encerram em si porque o processo de comunicação via redes é uma realidade sem volta.

ARMADILHA VIRTUAL - Para reforçar o argumento de quem fala da solidão dos habitantes do mundo virtual, eis que se noticia que um casal na Europa caiu em uma armadilha na própria rede: ambos se "conheceram" virtualmente, mas quando marcaram o encontro "real" descobriram" que eram marido e mulher. Restou ao casal da Bósnia a frustração que deve levar ao fim do casamento. Leia aqui.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Para ouvir e recordar fábulas clássicas


Aqui vai uma dica para quem adora ouvir fábulas, principalmente quando estas rementem a uma época em que as histórias infantis eram gravadas em "disquinhos" de vinil (compactos coloridos): é possível baixar para o computador um pacote no formato mp3 com todas elas.

Isso foi possível graças à digitalização da coleção Disquinho, um clássico lançado pela gravadora Continental ainda nos anos 50 e 60 e que se tornou o desejo de gerações inteiras quando se tratava dos contos de fada. São histórias como A Festa no Céu, O Macaco e a Velha, A Cigarra e a Formiga, A Bela Adormecida, Branca de Neve e os Sete Anões, dentre outras.

Clique AQUI e baixe a coleção inteira (pode ser cada história separadamente ou um pacote com algumas delas). Vale a pena recordar e ouvir como era interessante essa fase da criação que mexeu com crianças e adultos durante muito tempo.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Uma obra-prima brasileira no som experimental



O vídeo acima mostra O Trezinho do Caipira - uma das partes da obra Bachianas Brasileiras nº 2, de Heitor Villa-Lobos. Os sons são muitos conhecidos, mas ganharam forma diferenciada nas mãos dos mineiros do grupo experimental instrumental Uakti.

Eu já os conhecia ao ser apresentado ao som deles por um amigo, mas realmente entendi melhor o que fazem ao assistir a uma apresentação do trabalho do Uakti no programa Quem tem medo da música clássica, do jornalista Artur da Távola, na TV Senado.

É um trabalho que merece respeito e admiração. E mostra o talento brasileiro para criar, recriar e produzir o novo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A história de São Paulo e seus fatos curiosos


Ainda a propósito do 457º aniversário da cidade de São Paulo, comemorado ontem, reproduzo trecho de uma matéria da Folha de S. Paulo que fala sobre uma face interessante da história paulistana: o passado de alguns dos seus bairros mais conhecidos nacionalmente.

DA FOLHA DE S. PAULO (25/1/2011)

Passado de bairros de SP ajudam a entender expansão da cidade

RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO


"Gente já foi enforcada ao lado da atual praça da Liberdade, bem perto de onde hoje se come takoyakis, aqueles bolinhos de polvo.

Foi no começo do século 19. Nessa época, o centro de São Paulo tinha também o "beco da Cachaça", cujo nome dispensa maiores apresentações dos frequentadores. Mais sóbrias, senhoras lavavam roupa no rio Anhangabaú, hoje canalizado. Leia mais.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Recortes de momentos de ouro da MPB


O livro Os Sonhos Nâo Envelhecem - Histórias do Clube da Esquina, de Márcio Borges (Geração Editorial), é a narrativa de momentos marcantes da MPB - em particular da música que se produziu em Minas Gerais.

A entidade imaginária batizada por eles de Clube da Esquina foi a reunião de cabeças geniais como Borges autor do livro -, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Fernando Brandt, Wagner Tiso e outros. Um raro momento em que eles se conhecem, criam laços e algumas da mais memoráveis canções da MPB entre os anos 1970/80.

A obra serve de guia para as descobertas de parte de uma geração que não entendia direito o que passava a ocorrer no Brasil com o golpe militar de 1964, mas que aos poucos foi se engajando na luta por democracia e dias melhores. Do grupo, quem apenas fazia música era influenciado por quem entendia tudo de cinema, de literatura, de artes plásticas e de cultura geral - e foi nesse caldo que se formou o famoso Clube da Esquina.

Milton Nascimento, o Bituca, é retratado por Borges, um dos seus maiores parceiros musicais de forma honesta e muito comovente. Vale a pena ler e entender melhor o que estava por trás de tanta criatividade e que é uma das marcas desse grupo de mineiros e de tantos outros que vieram depois.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cartão virtual para contato com o autor

Participação no 1º Mix Literário do Itaim Paulista


A Casa de Cultura Gianfrancesco Guarnieri, do bairro do Itaim Paulista, realizará a 1ª Feira Mix Literário do Itaim no dia do aniversário de São Paulo, 25 próximo. Durante todo o dia funcionarão barracas e tendas com atividades culturais como literatura, teatro, poesia e discussões sobre a temática ambiental.

Participarei como convidado, ao lado de outros escritores da região - alguns dos quais hoje atuando na Grande São Paulo e em diversas regiões do país. Autografarei O SACI DE DUAS PERNAS e falarei ao público presente.

A PROPOSTA - Segundo a organização, o objetivo do evento é trabalhar com a comunidade literária do Itaim Paulista e região. Por isso "é importante trazer ações culturais para o Itaim, um bairro que no passado foi inteiramente rural, e com o passar do tempo foi se transformando em uma grande região dormitório, principalmente por não haver mercado de trabalho próprio".

Com a Feira Mix Literário, a Casa de Cultura quer prover atrações para uma parcela de habitantes deste bairro que tem cerca de 400 mil habitantes, mas não conta com livrarias e bibliotecas, e sim apenas com espaços literários concentrados em áreas internas das escolas municipais, estaduais e particulares e com uso restrito aos alunos".

SERVIÇO - 1ª FEIRA MIX DO ITAIM PAULISTA E REGIÃO
25 de Janeiro de 2011 das 10 às 17 horas
Rua Barão de Alagoas – 340 – em frente a Casa de Cultura Itaim Paulista

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"Prova da Cidade" usou trechos do Saci


Uma das avaliações de alunos da rede pública de ensino de São Paulo usou trechos do livro O SACI DE DUAS PERNAS no ano de 2010. As passagens da obra constaram da avaliação PROVA DA CIDADE, que é aplicada em grande parte da rede pública da capital todos os anos.

Nessa modalidade de avaliação, alunos respondem a questões de Língua Portuguesa e de Matemática. Depois que os resultados são finalizados, os professores recebem as avaliações para compreender o processo de evolução nos ciclos em que lecionam.


Um dos trechos reproduzidos do livro (ao lado) constou da prova de Língua Portuguesa aplicada para alunos do 3º ano do Ciclo I. Ao todo, a Prova da Cidade usou duas passagens do livro para embasar três questões respondidas pelos alunos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Notícia, cão, emoção: quando o fato é invenção!


Um cão guarda o túmulo da dona desde que ela morreu na tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. A foto e a história correram o mundo e provocaram comoção até fora do Brasil. O problema é que o fato não era verdadeiro.

O cãozinho que estampou as capas de jornais brasileiros e teve sua imagem multiplicada nos principais portais de notícias mundo afora não era o que aparecia ao lado da "sepultura da dona". O "astro" das fotos pertence a um voluntário que trabalha no sepultamento de vítimas. Ele diz que estranhou a notícia porque até o repórter que se interessou pela história foi avisado de que aquele tinha dono "vivo".

A notícia criada a partir de uma ideia de um repórter - e que não foi sequer checada - caiu depois que o jornal Diário de Teresópolis esclareceu que se tratava de uma "barrigada" - termo do jargão jornalístico usado para matéria que não tem como se sustentar, é "furada".

A tradução disso tudo é simples: a ânsia de alguns veículos de emocionar os leitores, ouvintes, telespectadores ou internautas. Foi mais um caso em que se buscou manter o público grudado no noticário - a todo custo.

O lado positivo é que as pessoas podem prestar mais atenção nas informações que circulam por aí, por aqui e por todos os cantos. Nem tudo o que a imprensa publica é, necessariamente, verdade.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os professores-robôs nas escolas coreanas


Mês passado, o jornal The New York Times trouxe uma notícia curiosa: o governo da Coréia do Sul iniciou um projeto que usa "professores-robôs" nas salas de aula. Trata-se de uma engenhoca que traz uma tela com a cara de uma professora (ou professor) e será usada, prioritariamente, em aulas de inglês. O robô é controlado por um complexo sistema de computação e consegue circular pela sala, interagir com crianças, sendo preparado para responder questões formuladas pelos estudantes.

A preocupação dos sindicatos e especialistas em educação foi, num primeiro momento, o desemprego. Os robôs poderiam desempregar de 20 mil a 30 mil professores de carne e osso, segundo temem os contrários à ideia. Mas os defensores da robotização da sala de aula dizem que seu uso será restrito a algumas séries, disciplinas - principalmente onde há falta de professores, o que evitaria trazer mestres de lugares distantes. A polêmica está formada.

Buscando o meio-termo no uso dessas máquinas, alguns estudiosos da novidade entendem que o ideal seria que fossem usadas apenas em áreas remotas - como ilhas - e apenas como reforço. No fundo, o que alimenta a discussão agora posta na Coréia é exatamente o "temor" dos professores de perderem seu lugar no "coração" das crianças para "máquinas frias" - embora os robôs-professores coreanos consigam até dançar em sala de aula.

Longe da polêmica fica uma pergunta: o professor é substituível?

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dois acontecimentos marcantes para o jazz


O mundo do jazz terá dois momentos para lembrar de um dos seus maiores nomes, o músico norte-americano Louis Armstrong. Sua voz grave, seus gracejos e passos cessaram há 40 anos, em julho de 1971. Já seu nascimento, em Nova Orleans, ocorreu em agosto de 1901. Estas serão as duas datas da memória musical do jazz em 2011.

Quem prefere comemorar a partir da saudade guardará os 40 anos da morte de Armstrong. E quem escolher pensar quando ele veio ao mundo, certamente ficará com as recordações dos 110 anos do seu nascimento.

VOZ MARCANTE - Impossível um ouvido que nunca tenha sido atraído pela voz de Louis Armstrong interpretando o seu sucesso mais popular, "What a Wonderful World", de 1968. A canção fez tanto sucesso que foi recuperada em 1987, na trilha sonora do filme "Good Morning, Vietnam".

É sempre bom lembrar as pessoas que fizeram história, e sem dúvida Armstrong é um dos rostos mais conhedidas da música negra dos EUA. Virou lenda muito jovem e ficou na memória musical do mundo para sempre.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

As rugas da vergonha


O jornalista Paulo Nogueira comentou em seu blog DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO um caso ainda inédito na imprensa brasileira: uma apresentadora da rede britânica BBC foi à Justiça - e ganhou a causa - depois de ser 'rebaixada' por não concordar com a decisão da TV de que deveria aplicar botox para 'esconder as rugas'.

Nogueira, que já trabalhou na grande imprensa brasileira e hoje vive em Londres, relatou que a jornalista inglesa foi indenizada em cerca de R$ 750 mil por não aceitar a condição imposta pela BBC. A profissional em questão já havia passado dos 50 anos - e não estava em discussão sua competência e prestígio como apresentadora, e sim as suas "rugas". A empresa alegava que com a TV de alta definição "iria ficar impossível disfarçá-las".

O caso é uma demonstração vergonhosa da rendição à estética, em detrimento da competência, da capacidade e, sobretudo, dos mais elementares valores humanos, como o respeito à condição natural que a vida impõe a qualquer pessoa ao envelhecer.

É um culto brutal a um modelo, uma fantasia que não se sustenta pelo simples fato de que não há como deter as mudanças físicas (faciais) - pode-se retardar ou atenuar os sinais. O problema, neste caso, é que havia uma imposição do "vídeo".

Não se perguntou aos telespectadors o que eles achavam de tamanho absurdo. Se perguntassem, certamente todo mundo se olharia no espelho...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vivendo e aprendendo a jogar


"Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização".

Lya Luft, escritora, poetisa e tradutora.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nota sobre a fase dos "superpoderes"


A informação abaixo é a reprodução de um trecho de reportagem publicada na Folha Online (Ciência):

Mudanças no cérebro de rato podem explicar por que jovens não têm medo

DA FRANCE PRESSE

"O cérebro sofre mudanças na adolescência que suprimem os medos aprendidos na infância, revelou um estudo divulgado na segunda-feira e que pode explicar por que os adolescentes parecem tão destemidos para seus pais". Leia mais.

COMENTÁRIO - A reação dos adolescentes - que em geral ignoram os riscos contidos em diversos atos e ações e deixam os pais de "cabelo em pé" - pode ser explicada por esta descoberta da Ciência.

Acrescento um palpite puramente intuitivo: a necessidade de enfrentar o mundo e provar a todos que tem "superpoderes" deve dar uma mãozinha a esse tipo de comportamento desprovido de "juízo", como se diz popularmente.

Além do mais, a tentação de provar da novidade, da "última", e "ter o que contar" para impressionar os demais - principalmente "as demais" (garotas) - é um toque que podemos acrescentar ao caso ainda em estudo pelos cientistas.

O certo mesmo é que diante dos perigos reais todos nós sentimos medo - e alguns riscos são ignorados porque não tratamos deles com o exemplo, e sim apenas com discurso. E discurso por discurso é tudo o que não convence ninguém, ainda mais uma pessoa em plena fase de super-herói, como é o caso do adolescente.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Megamente e o mal em "crise existencial"


Divertido, fora da lógica básica dos desenhos animados e um carrossel de dúvidas: esta é a situação do vilão Megamente (EUA, 2010) - de filme homônimo que vi outro dia. A produção flerta com filosofia e bizarrices infanto-juvenis até esbarrar no velho dilema da luta do bem contra o mal.

Como todo malvado, Megamente luta para destruir o bem, que na cidade de Metro City atende pelo nome de Metro Man (cuja cara é uma mistura de Superman, Sr. Incrível e o 007 dos óleos Bardhal). O problema é que, depois de incontáveis tentativas, ele consegue e passa a sofrer um sério problema existencial: o que fazer sem ter o bem para combater?

Sua alternativa é criar uma figura do bem, mas a coisa sai errada e ele é obrigado a mudar de lado - passando a combater o "outro mal", embora não queira parecer que agora está a favor do bem.

O mérito do filme é mexer com conceitos filosóficos de maneira engraçada, sem nexo e com poucos efeitos visuais. Os diálogos seguem a mesma linha do desengonçado vilão, tropeçando a toda a hora em trocadilhos com as expressões bem e mal.

No fundo, é muito bom. Um mal que faz bem. E faz rir também!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Exposição em SP conta história do Islã


Uma boa dica de férias para quem mora ou visita a cidade de São Paulo neste mês é a exposição ISLÃ: ARTE E CIVILIZAÇÃO, que será aberta no dia 18 janeiro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

A exposição traz pela primeira vez obras de diversos museus do Oriente Médio e de bibliotecas de países da América do Sul e da África. A intenção da curadoria da mostra é "contar 1.400 anos de história do Islã em 300 obras". A entrada é gratuita e a visitação será de terça a domingo, das 10h às 20h.

Os trabalhos ocuparão o subsolo, o 1º, o 2º e o 3º andares do prédio, cuja arquitetura já vale a visita.

Para quem se interessar, o endereço do CCBB de São Paulo é: Rua Álvares Penteado, 112, região central da Capital. Telefone: (11) 3113-3649.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Filme antigo, tema atual e sempre polêmico


As especulações geradas pela condição de um personagem vivido pelo ator Marcelo Antony na novela Passione (Globo) deram margem a acalorados debates sobre um tema complexo e sempre polêmico: a pedofilia. Embora o autor da trama garanta que esta não é exatamente a situação de Gerson (Antony), o fato é que a discussão tomou conta das ruas, dos blogs, dos jornais e revistas nos últimos tempos.

Natualmente causadora de repulsa, a pedofilia é um tipo de crime que muitos especialistas consideram ter uma pena branda no Brasil. Em alguns estados dos EUA dá pena de morte. Esta parte do debate tem caráter jurídico e tem sua força movida a emoções e conflitos para os quais a sociedade ainda não encontra saídas facilmente. Existe, de fato, o consenso sobre a natureza cruel e repulsiva do ato.

A propósito do assunto, vi dia desses o filme O LENHADOR (EUA, 2004), estrelado por Kevin Bacon e grande elenco. Aborda o espinhoso tema ao contar a história de Walter, um ex-prisioneiro que passou doze anos na cadeia por crime de pedofilia. Sai da cadeia para a liberdade condicional, vigiado, odiado - e até é aceito por uma mulher que conhece no trabalho. O que parece impossível é Walter se libertar dos fantasmas que o atormentam.

Vive pisando no fio da navalha, muito menos pelo sistema que o vigia e pelos que o cercam, e muito mais pela perturbação que envolve a personagem. O filme aborda um problema delicado sem assumir posição, mas demonstra rara sensibilidade ao mexer sutilmente com medos e ódios tão caros à sociedade como um todo - particularmente à família. O mérito da trama está neste ponto.

Trata-se de um debate antigo, que dificilmente será resolvido mesmo com as necessárias penas duras aos pedófilos. Envolve desvios de comportamento e, como tal, pede um conjunto de ações do tamanho da sua complexidade.

O filme é antigo, mas o debate não sai de cena, embora ganhe ares de novidade sempre que alguém resolver mexer no vespeiro. Recomendo o filme como reflexão, não como meio de compreender esse tipo de comportamento estranho a tudo o que se espera de um ser humano minimamente dotado de sentimentos.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Num pulo estamos em 2011!


Toda a maratona das festas se encerra com a passagem de ano, com a chegada do Ano Novo e sempre inspira novidades, mudanças, realizações, desejos e projetos. É isso que todo mundo quer, é isso que se busca e é isso que fazemos ao darmos aquele "pulo" de um ano para o outro.

FELICIDADES, ALEGRIAS, TRABALHO, DEDICAÇÃO E MUITA SAÚDE A TODOS!