terça-feira, 10 de novembro de 2009

Montagem do livro premiada em festival


A montagem da peça infantil O Saci de Duas Pernas foi premiada em duas categorias em festival de teatro amador escolar na Capital. O espetáculo a cargo do Grupo Teatral Ouviver ganhou os troféus de Melhor Peça Infantil e de Melhor Direção.

A apresentação e premiação ocorreu no sábado (7) na EMEF Professor Carlos Pasquale, na zona leste de São Paulo, que sediou o IV Festival Interno de Teatro Amador. Foram apresentadas nove peças, entre adulto e infantil.

Parabenizo o Grupo Ouviver e reafirmo minha alegria ao assistir a esta montagem teatral que se aproximou muito do que propus no livro!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Exposição em SP mostra talento e superação

Quem mora ou está de passagem pela cidade de São Paulo tem um ótimo programa gratuito: visitar a exposição do V Prêmio Arthur Bispo do Rosário, organizada pelo Conselho Regional de Psicologia do Estado de São Paulo.

São trabalhos premiados de artistas talentosos que chamam a atenção do público que cruza a cidade utilizando o Metrô. As obras mostram a criatividade, a superação, a visão de mundo e a angústia de quem passa por tratamento mental em diversos lugares do país. A exposição está na Estação Sé do Metrô, no centro da Capital.

O visitante encontrará obras muito bem elaboradas: pinturas, esculturas, textos, poesias, vídeos, instalações e desenhos. Vale a pena. Tudo gratuito.

Comentário em áudio no Minuto da Inclusão


Posto a seguir comentário publicado no site do Instituto MID para a Participação Social das Pessoas com Deficiência sobre o livro O Saci de Duas Pernas. O comentário foi feito na série Minuto da Inclusão. Gostei da forma como a obra foi apresentada aos ouvintes/internautas.

CLIQUE AQUI PARA OUVIR.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Converter a superação em atitude


Ainda não vi a nova novela das oito da Globo, Viver a Vida. Acabei vendo uma longa entrevista do novelista Manoel Carlos à Globo News na qual ele fala sobre a trama do seu novo folhetim eletrônico.

Minha atenção ficou por conta do tema de Viver a Vida: a superação. Entre vaidades, beldades, famílias que vão de um lugar a outro e as tradicionais intrigas, o autor focará numa personagem que é atingida pela perda total dos movimentos. Ele diz que se baseou em leituras, estudos e mais especificamente em casos reais que conheceu.

Abordei o tema para lembrar alguns debates que tive o prazer de encaminhar com professores em diversas escolas para as quais fui convidado recentemente na capital paulista. Nesses encontros, ocorridos neste mês de setembro, tive a felicidade de "antecipar" essa discussão que tomará conta da nova novela global.

Nos debates, comentei que com o tempo adquirimos certa facilidade de aceitar as mudanças que ocorrem na vida de pessoas que conhecemos ou nas nossas vidas - o que se chama tecnicamente de superação. O tempo, os ajustes, a diminuição da angústia e dos problemas são elementos que colaboram para que superemos determinadas mudanças.

O que me preocupa, no caso desse debate, é a dificuldade que temos de transformar a superação em atitudes concretas. Isso quer dizer que essas mudanças deveriam servir para enxergarmos melhor o mundo e as pessoas que nos rodeiam.

Enquanto nosso olhar para os que estão "em processo de superação" ou que já superaram determinados limites for dominado pela "piedade", dificilmente isso produzirá um efeito transformador na sociedade. Precisamos superar essa visão sobre o modo como vemos os deficientes e outras categorias de pessoas que passaram a viver sob novas condições - físicas, mentais, espirituais, econômicas, intelectuais, familiares etc.

Ainda sobre o tema, lembrei-me de um vídeo muito popular sobre superação que traz o músico nicaraguense Tony Meléndez, radicado nos EUA e que atraiu a atenção do então Papa João Paulo II numa de suas visitas aos EUA (veja abaixo).



É bonito, generoso e fundamental entender a superação como forma de crescimento, mas isso funcionaria melhor ainda se atingisse o nosso interior - cada vez mais!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Debate em escola municipal de SP

Participo de debate com professores da EMEF CDHU São Miguel, em Itaim Paulista, zona leste da Capital. O encontro está marcado para as 9h 30 da manhã deste sábado, quando falarei sobre a proposta do livro O Saci de Duas Pernas.

Além da apresentação do livro, o papo deve girar em torno das dificuldades de aceitação das diferenças e discutir atividades para facilitar o entendimento do texto pelas crianças.

VENDAS EM NATAL - Enquanto isso, recebi hoje (18) telefonema no qual me informaram que o livro continua entre os dez mais vendidos na livraria Siciliano de Natal (RN), onde fiz o lançamento da obra em janeiro deste ano.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Peça será apresentada em novembro

A equipe do Grupo Teatral Ouviver me informou hoje que a apresentação da peça infantil O Saci de Duas Pernas acontecerá no dia 7 de novembro próximo, um sábado. Será durante o Festival de Teatro Escolar da EMEF Professor Carlos Pasquale, que acontece anualmente naquela escola municipal localizada no Itaim Paulista, na zona leste da Capital.

Os ensaios da montagem da peça baseada no meu livro já começaram. Fiquei feliz com esta notícia e, claro, com o empenho do grupo na adaptação. Vamos aguardar!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Matéria discute com equilíbrio papel do professor


Há tempos não lia um texto tão agradável e, ao mesmo tempo, contemporâneo sobre o cotidiano dos professores. Trata-se da reportagem Na berlinda, capa da Revista da Folha, suplemento do jornal Folha de S. Paulo que circulou no último final de semana. Os cinco pontos abordados pela revista foram precisos, embora representem parte do ocorre no universo das salas de aula e nas escolas.

No geral, o texto questiona o papel do professor a partir dos avanços tecnológicos, das doenças que atacam professores e alunos, da ação (ou inação) da família, do "poder econômico" na escola, e por fim, de quesitos como discriminação e violência. A análise apresentada é equilibrada.

Chama a atenção na matéria o relato sobre experiências de incorporação de novas tecnologias ao dia-a-dia escolar, tais como a internet e os telefones celulares para dar suporte ao aprendizado. Dois outros aspectos foram abordados de modo preciso: as doenças e a medicação pouco criteriosa de estudantes - que especialistas ouvidas pela revista chamam de "patologização da educação" - e a pressão "financeira" exercida por pais quando as escolas tentam apertar o cerca a estudantes com práticas pouco convencionais de relacionamento trazidas de casa à escola.

Recomendo a leitura (disponível na internet para assinantes no site da Folha/UOL) ou na versão impressa para assinantes do jornal. Na internet, leia clicando aqui.

Adaptação do livro para o teatro


Recebi da equipe dos professores Ulisses Sanches e Nádia Tripeno o texto de adaptação do livro O Saci de Duas Pernas para o teatro infantil. Gostei do modo como o trabalho foi conduzido, principalmente pela fidelidade ao original e pela criatividade no que foi inserido.

Ulisses e Nádia coordenam o Grupo Teatral Ouviver, da EMEF Professor Carlos Pasquale, uma das mais tradicionais escolas da Prefeitura de São Paulo no bairro do Itaim Paulista, zona leste da Capital.

Fico no aguardo para conhecer os detalhes sobre a montagem que será feita pelo pessoal do Ouviver. Parabéns!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Na Casa de Portugal (SP) nesta segunda

Confirmada presença segunda-feira (31) no Encontro de Representantes promovido pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Município de São Paulo (Sinpeem), que acontecerá na Casa de Portugal, bairro da Liberdade, a partir das 9h 30.

domingo, 23 de agosto de 2009

Jornal de Caieiras (SP) indica livro

Matéria do jornal Regional News, de Caieiras (SP), fez indicação do livro na sua página de cultura em edição que circulou semana passada. O texto foi assinado pela jornalista Áurea Fortes. Leia no link abaixo:

SACI NO REGIONAL NEWS.

Recebi o mascote do Saci

Dia desses tive a grata surpresa de receber um presente que há muito esperava: o mascote do Saci de Duas Pernas confeccionado por um dos meus tios - no caso Agnaldo Bruno Galvão, que tem 85 anos e mora no interior do Rio Grande do Norte.

Ele havia prometido fazer o mascote quando estive lá, em janeiro deste ano, mas não teve condições de produzir a 'encomenda' enquanto eu lançava o livro em terras potiguares. Depois que o Saci ficou pronto o problema foi arrumar alguém para trazê-lo, o que só ocorreu nesses dias.

Levarei o mascote para encontros com crianças e outras atividades relacionadas ao livro. Ficou muito bacana. Agradeço de coração ao tio Agnaldo!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dia 31 em evento do Sindicato dos Professores

Participo dia 31 deste mês do Encontro de Representantes promovido pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Município de São Paulo (Sinpeem), que acontecerá na Casa de Portugal, bairro da Liberdade, região central de São Paulo.

Vou a convite do presidente do Sinpeem, professor Cláudio Fonseca, apresentar o meu livro O Saci de Duas Pernas aos educadores presentes ao encontro - cuja programação começa às 9h 30 e termina às 13h.

Agradeço o convite e o apoio do colega professor!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Compromisso na Semana do Folclore

Na Semana do Folclore - de 17 a 21 deste mês - firmei compromisso com a Escola de Educação Infantil Ápice, localizada no bairro do Morumbi (SP). Irei debater meu livro com alunos do Ensino Fundamental I.

Estarei no Colégio Ápice no dia 21, conforme entendimento com a Coordenação Pedagógica daquela unidade escolar. Boa expectativa para esse encontro!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ouça minha entrevista para a Rádio Unesp

Posto a seguir o link para a íntegra da entrevista que concedi dia 28 do mês passado à Rádio da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Neto (Unesp). A conversa foi gravada com o jornalista Oscar D'Ambrosio para o programa Perfil Literário.

O programa dura cerca de 24 minutos e pode ser baixado para o computador (o arquivo está em mp3) ou ouvido diretamente pelo Media Player. Acesse pelo seguinte link: ENTREVISTA UNESP.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dica para o mês do Folclore


Chegou agosto, o mês do Folclore. A dica que dou é o site O Mundo Mágico de Lobato. Tem tudo a respeito do Sítio do Picapau Amarelo: história, trilhas, episódios clássicos e muita informação.

É bom mostrar para a criançada esse que foi um dos universos mágicos da TV brasileira no qual o Saci tornou-se conhecido do grande público por meio das histórias de Monteiro Lobato.

Acesse clicando aqui.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

País rompe mais uma barreira à cidadania

Outro dia vi a entrevista do procurador Ricardo Tadeu da Fonseca na TV Paraná Educativa e fiquei animado com a perspectiva de que o país continue a romper mais e mais barreiras à cidadania plena. Fonseca assumiu o cargo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, tornando-se o primeiro juiz cego do país.

Comentário dele após ser empossado: "Acham que a pessoa com deficiência não é capaz", disse ele ao ser questionado sobre as dificuldades que enfrentou para ser reconhecido na magistratura. Para o juiz, a dificuldade maior não é a falta de visão, mas o desconhecimento que as pessoas têm da deficiência.

Foi muito bom vê-lo discorrer sobre cidadania, legislação, filosofia e outros temas na entrevista que concedeu ao canal paranaense. Não se tratava de assistir a uma 'excentricidade' - como muitos tentam classificar quando veem alguém das minorias alçado à condição dita 'normal', e sim a uma prova de que a igualdade é possível. Para isso é necessário quebrar barreiras, mostrar como isso ocorre e espalhar as boas-novas.

Parabéns e sucesso ao novo juiz!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Entrevista na rádio Unesp no ar sexta-feira

Gravei hoje (28) entrevista para o programa Perfil Literário, da Rádio Unesp (Universidade Estadual Paulista). Um papo muito bom com o jornalista Oscar D'Ambrosio, com duração de meia hora, sobre O Saci de Duas Pernas. Discussão sobre diversidade, discriminação e respeito às diferenças.

O programa está previsto para ir ao ar na sexta-feira que vem, 31 de julho. A Rádio Unesp pode ser sintonizada na frequência 107,5 MHZ, em São Paulo. Pela internet, a rádio pode ser ouvida no seguinte endereço: http://radio.unesp.br

sábado, 25 de julho de 2009

O Saci de Duas Pernas na Suécia

Publico abaixo um e-mail enviado pela brasileira Aguimar Gonçalves, que mora na Suécia e conheceu o conteúdo do Saci de Duas Pernas via internet. Ela é mineira e diz que lá na Suécia as ações para a superação dos preconceitos começam na sala de aula. Veja o conteúdo da correspondência eletrônica:

LUTA CONTRA PRECONCEITOS

"Oi, Djair! Bom dia! Parabéns pelo seu trabalho nas escolas como professor contra a discriminaçao. Acho muito bom a escola, professores e alunos se unirem com a intenção de todos colaborarem. Eu moro na Suécia e aqui em algumas escolas os próprios colegas de classe ajudam a combater esse problema. Por exemplo, numa classe alguns alunos se prontificam a fazer parte como "colaboradores" de unirem, ajudar, discutir com outros colegas de classe sobre a importância de não haver preconceitos contra colegas por causa que "ele" ou "ela" é diferente e é mais dificil de se adaptar na classe. Bem, é uma alternativa para tentar diminuir os preconceitos na escola quando os próprios colegas de classe se oferecem para ajudar a combater a discriminação. Bem, é uma boa ideia para colocar em prática. Tenha um bom dia e até mais."

Aguimar Gonçalves
Suécia

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Entrevista na Rádio Unesp dia 28


Recebi convite da Rádio Unesp para entrevista no dia 28 próximo, terça-feira. Participarei do programa Perfil Literário. Conversarei com o Oscar D'ambrosio sobre o livro O Saci de Duas Pernas e como a obra tem conseguido espaço no meio escolar com a temática da diversidade e inclusão.

A Rádio Unesp FM pertence à Universidade Estadual Paulista e fica no centro de SP, pertinho do Anhangabaú. De antemão já agradeço o convite feito pela equipe do Perfil Literário na pessoa do Oscar!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Site Sentidos publica entrevista sobre livro


Recebi hoje o link com a entrevista concedida por mim ao site Sentidos, que também edita a revista Sentidos, especializada em inclusão social para pessoas com deficiência.

O conteúdo das duas publicações está hospedado no portal UOL. Veja abaixo alguns trechos da entrevista.

O Saci de Duas Pernas

O livro de literatura infantil Saci de Duas Pernas dá lição sobre preconceito para as crianças

Escritor fala sobre o preconceito de forma divertida e didática

"Um saci nasce com uma estranha condição: duas pernas! Mas o que poderia ser uma vantagem acaba se tornando um verdadeiro fardo para ele. Os outros sacis e os animais da floresta riem às suas custas e, em muitas situações, o saci de duas pernas acaba sendo excluído. Os coleguinhas de sala, por exemplo, sentem raiva porque ele é o único que consegue pular amarelinha.

Essa foi a forma, divertida e didática, que o escritor Djair Galvão Freire encontrou de apresentar para as crianças questões como o preconceito e as diferenças entre pessoas. De sua experiência como professor em escolas públicas, nasceu o livro O Saci de Duas Pernas, prestes a ter sua segunda edição lançada pela editora Anita Garibaldi.

Na entrevista a seguir o escritor fala sobre a sua obra e a importância de se discutir o preconceito entre as crianças desde a infância".

Por que é importante lidar com a diversidade desde a infância?

É fundamental porque é o único caminho para a construção de uma sociedade que tenha como base o respeito e o crescimento sadios. A família é o núcleo onde o assunto deveria ser insistentemente tratado, pois temos parentes com caras, jeitos, gestos e características diversas. Sempre que os pais são cuidadosos, lidam bem com a diversidade, a chance de uma criança crescer reproduzindo preconceitos é muito pequena, eu diria praticamente nula. Mesmo que ela encontre terreno fértil em outros locais. Claro que cabe à escola fomentar essa cultura de paz, de convivência e de respeito, pois é nela que os futuros adultos passarão pelo processo de formação complementar. E a escola é o ambiente onde a diversidade familiar é ampliada para a diversidade social.

Até que ponto o preconceito interfere na formação e na aprendizagem de uma criança?

Interfere muito, de forma negativa, faz a criança se sentir menor, incapaz, sem condições de ir à frente, e pode também despertar comportamentos agressivos. Isso é ruim para a formação, pois a vida é feita de elementos diversos, a sociedade idem. A aprendizagem é afetada diretamente porque a preocupação de quem sofre preconceito é sempre buscar meios de fugir daquela situação, de mudar, de se "adaptar", ver-se forçado a buscar modelos que não são os reais, e até alterar comportamentos, roupas, estilo, modos de ser e de se apresentar. Isso quando não gera o conflito absurdo de levar a criança a abandonar a escola, no caso das vítimas do chamado "bulliyng" - a intimidação na escola.

O que precisa ser feito para diminuir ou mesmo acabar com preconceito entre as crianças nas escolas?

Precisamos entender que este é um processo longo, que exige persistência e atenção de pais, especialistas, professores, diretores, amigos, da sociedade como um todo. Quanto mais o assunto for abordado, e de maneira transparente, honesta e firme, menos haverá terreno para que ele prolifere no ambiente escolar. Entendo que toda escola deve ter uma política interna, uma pedagogia, definida nesse sentido. Não tolerar preconceitos, não achar que isso é "normal", como achávamos décadas atrás quando crianças eram agredidas por suas diferenças e isso era visto como "brigas de adolescentes". O estado, a escola, a família, as diversas instâncias sociais devem tomar o combate ao preconceito como medida número um. Isso não pode ser visto meramente como atividades que chamamos de "projetos". São atitudes, ações e discussões que eliminem todos os focos de reprodução do preconceito. Para isso, cinema, teatro, literatura, contos, brincadeiras, debates etc são elementos poderosos para a superação desse estágio.

Como os pais podem colaborar nessa questão?

Primeiramente, não sendo preconceituosos ou revendo suas práticas nesse sentido. A escola precisa provocar esse debate com os pais, mesmo que num primeiro momento se viva algum clima de aparente constrangimento. Isso deve ser feito pelo bem dos estudantes, da sociedade, de todos nós. Em casa, claro, a família é responsável por ampliar esse debate, se seu compromisso for em não ver o filho envolvido em situações embaraçosas, como o preconceito provoca. Ver TV e discutir com os filhos os conteúdos ajuda muito, provocar o debate e, principalmente, provar com atitudes. Esse é o segredo que todo mundo conhece, mas nem todos aplicam no cotidiano.

É possível incluir, de fato, crianças com deficiência na escola regular?

Não só é possível como é necessário. Não só porque está na lei, mas porque essa convivência provou que acrescenta muito aos dois lados. Crianças que convivem com amiguinhos que se comunicam por meio da Língua de Sinais aprendem um novo código, podem ser estimulados a buscar no outro o que este tem de melhor. Este é, fundamentalmente, o que tento fixar na escolha do Saci de Duas Pernas como personagem do meu livro.

Veja a entrevista completa clicando aqui.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Novas entrevistas

Com o aumento da repercussão do livro, surgem novas oportunidades para entrevistas. Hoje, por exemplo, já fiz contato com as editoras de duas revistas: a Sentidos, especializada em inclusão de deficientes - que também mantém um site sobre o tema - e a Projetos Escolares, editada pela Online Editora. Ambas são de São Paulo.

Novos contatos estão surgindo nos últimos dias. Vou reproduzir ou passar os links nos próximos dias ou quando o material for publicado.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Entrevista para a TV Câmara São Paulo

Já está disponível no YouTube uma entrevista que concedi ao programa Sala de Visitas, do canal TV Câmara São Paulo. Fui entrevistado pelo vereador João Antonio junto com o ilustrador do Saci de Duas Pernas, Altemar Domingos. Nesse formato de programa, os vereadores trazem convidados para falar sobre assuntos diversos.

A entrevista é dividida em quatro partes. Veja abaixo a primeira delas. Na guia da direita do blog tem um link permanente com o programa.



DEMAIS PARTES DA ENTREVISTA - Para ver as outras partes da entrevista é só clicar nos links abaixo:

SEGUNDA PARTE

TERCEIRA PARTE

QUARTA PARTE

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Marketing, ensino e imagem do professor

Matéria do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira entra na polêmica sobre a atuação de professores em ações de marketing - notadamente em grandes cidades brasileiras. Leia aqui um trecho da reportagem.

Há que se pensar na possível confusão de papéis que pode ocorrer quando o professor assume o papel de "divulgador" de produtos. Pode ser bom para a rede escolar para a qual ele trabalha e para as marcas que ajudará a promover. Já para a sua imagem e sua forma atuação em sala de aula, eis a dúvida.

Como fica o famoso "senso crítico" do professor que for às portas de cursinhos distribuir brindes e outras lembrancinhas?

Boa reflexão!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

RN organizará 440 bibliotecas até 2010


Outra unidade da federação que faz investimentos audaciosos na ampliação do acesso à leitura é o Rio Grande do Norte. O programa Biblioteca Para Todos já implantou 140 novas bibliotecas no ano passado e pretende chegar a 440 unidades até o ano que vem.

O programa atende escolas com matrículas acima de 100 alunos. No total, a ideia é atingir 300 mil estudantes da rede estadual potiguar, segundo informação da Secretaria da Educação e Cultura.

A ação governamental se amplia em praticamente todos os estados brasileiros e é um dos caminhos para o país superar o atraso secular em matéria de leitura.

domingo, 5 de julho de 2009

Ampliação do acesso ao conhecimento


Uma iniciativa governamental que vem dando o que falar é o programa Biblioteca Cidadã, do governo do Estado do Paraná. A administração estadual constrói um prédio de 184 metros quadrados em terreno da prefeitura de cada cidade atendida, treina pessoal, disponibiliza acervo inicial de quase dois mil livros e um telecentro equipado com cinco computadores com acesso à Internet.

Atualmente, o Paraná já tem 68 dessas bibliotecas em funcionamento, mais 32 estão prontas para inauguração e outras 47 em fase de construção. Até 2010, a Secretaria de Cultura daquele estado pretende chegar com o programa a 235 municípios.

Iniciativa mais do que elogiável, pois sabemos o quanto as grandes cidades acabam concentrando equipamentos culturais. A democratização do acesso aos livros e demais formas do conhecimento é um passo importante para ampliar o universo de leitores e de leitoras em qualquer lugar do país.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Confirmado para Bienal do Livro do Rio

A Editora Anita Garibaldi confirmou o lançamento do Saci de Duas Pernas na XIV Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que acontecerá no Riocentro, de 10 a 20 de setembro deste ano.

Será mais uma oportunidade para ampliar a divulgação e venda da obra em outras regiões do Brasil. Irei com o maior prazer!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A sempre polêmica e atraente Escola da Ponte


O portal UOL traz hoje na seção de Educação uma longa e interessante entrevista com o educador português José Pacheco, conhecido por liderar há mais de 30 anos uma experiência pedagógica polêmica e atraente - a Escola da Ponte, em Portugal. Veja abaixo trechos da entrevista dele, concedida à jornalista Simone Harnick, do UOL:

"Trabalho há mais de 30 anos com escola que não tem aula, série e prova, e dá certo", diz educador português

UOL Educação - Onde mais ocorre o desperdício nas escolas?

Pacheco - O desperdício de tempo também é enorme em uma aula. Pelo tipo de trabalho que se faz, quando se dá aula, uma parte dos alunos não tem condições de perceber o que está acontecendo, porque não têm os chamados pré-requisitos, e se desliga. Há um outro conjunto de crianças que sabem mais do que o professor está explicando - e também se desliga. Há os que acompanham, mas nem todos entendem o que o professor fala. Em uma aula de 50 minutos, o professor desperdiça cerca de 20 horas. Se multiplicarmos o número de alunos que não aproveitam a aula pelo tempo, vai dar isso.

O desperdício maior tem a ver com o funcionamento das escolas. Os professores são pessoas sábias, honestas, inteligentes e que podem fazer de outro modo: não dando aula, porque dar aula não serve para nada. É necessário um outro tipo de trabalho, que requer muito estudo, muito tempo e muita reflexão.

UOL Educação - As famílias não estão acostumadas com escolas que não têm classe, professor ou disciplinas. Querem o conteúdo para o vestibular. Como se rompe com esse tipo de mentalidade?

Pacheco - Pode-se romper mostrando que é possível. Eu falo do que faço, e não de teorias. O que fiz por mais de 30 anos foi uma escola onde não há aula, onde não há série, horário, diretor. E é a melhor escola nas provas nacionais e nos vestibulares. Justamente por não ter aulas e nada disso.

UOL Educação - Por que uma escola que não tem provas forma alunos capazes de ter boas notas em provas e concursos?

Pacheco - Exatamente por ser uma escola, enquanto as que dão aulas não são. As pessoas têm de perceber que não é impossível. E mais, que é mais fácil. Posso afirmar, porque já fiz as duas coisas: estive em escolas tradicionais, com aulas, provas, com tudo igualzinho a qualquer escola; e estive também 32 anos em outra escola que não tem nada disso. É mais fácil, os resultados são melhores.


Leia mais aqui.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Matéria em revista especial sobre folclore


Recebi com muita alegria hoje (30) um exemplar da revista FOLCLORE - Projetos Educativos, da editora Alto Astral, versando sobre folclore. Numa das matérias sobre o tema, a diretora do Colégio Ápice, de São Paulo, indica atividades com o livro O Saci de Duas Pernas.

A matéria, assinada pela jornalista Érica Nering, fala sobre experiências pedagógicas com crianças de 3 a 6 anos do Ápice e sugere práticas pedagógicas baseadas no respeito às diferenças - justamente o tema do Saci de Duas Pernas.

Segundo a diretora Maria Rocha, o colégio trabalha o folclore como uma atividade permanente na formação dos seus alunos.

Parabenizo o colégio e a revista pela matéria!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Pedido de adaptação para teatro escolar

Recebi pedido do grupo teatral Ouviver, da Escola Municipal Professor Carlos Pasquale, para adaptar o texto do Saci de Duas Pernas para uma peça infantil. A escola fica na Zona Leste de São Paulo e o pedido foi feito pelo professor Ulisses Sanches, que coordena os trabalhos do teatro escolar e foi meu companheiro de sala de aula durante anos.

Aprovei o pedido e, em breve, verei o trabalho de adaptação para dar meus "palpites" sobre o texto para o formato teatral. Claro que confio na turma do Ulisses e espero que a mensagem seja absorvida pelos futuros espectadores. Vou aguardar!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Maravilhas literárias na internet


Já está no ar o site do projeto de digitalização do acervo do bibliófilo José Mindlin, composto por mais de 17 mil livros e outros tipos de documentos. Tocado pela USP - e realizado por um robô que "lê" 2.400 páginas por hora -, as coleções de Mindlin (livros raros, gravuras, mapas etc) estarão à disposição para consulta por pessoas de qualquer lugar do mundo.

O material do projeto batizado de Brasiliana é de domínio público e, portanto, pode ser copiado e manipulado sem restrições. Ao todo, serão 100 mil obras disponíveis.

Nesta semana, o projeto já colocou cerca de 5 mil títulos para consulta pública no site (cliqui aqui para acessar). É a abertura de mais uma janela para o conhecimento de maravilhas literárias. Tudo graças ao espírito público do empresário Mindlin, do uso de tecnologias avançadas e da disposição de democratização do acesso à cultura.

Ótima iniciativa para leitores, leitoras e todos os interessados. Super recomendado!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O preconceito, agora em dados


Reproduzo notícia do portal UOL, citando como fonte a Agência Brasil, que destaca pesquisa sobre "preconceituosos na escola". Agora aparece em "números" a nossa preocupação com determinadas formas de manifestação - muitas vezes "veladas" - que pregam a intolerância e o desrespeito justamente na escola, que é um dos ambientes de formação do caráter dos cidadãos.

Leia abaixo um trecho da matéria:

Pesquisa indica que há 99,3% de preconceito no ambiente escolar

Da Agência Brasil

"Pesquisa realizada em 501 escolas públicas de todo o país, baseada em entrevistas com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, revelou que 99,3% dessas pessoas demonstram algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração, orientação sexual ou territorial.

O estudo, divulgado nesta quarta-feira (17), em São Paulo, e pioneiro no Brasil, foi realizado com o objetivo de dar subsídios para a criação de ações que transformem a escola em um ambiente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças.

De acordo com a pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), 96,5% dos entrevistados têm preconceito com relação a portadores de necessidades especiais, 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial".

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Pausa para reflexão

Reportagem especial da revista Veja desta semana reflete sobre um problema que influencia (negativamente) na qualidade da educação brasileira: o relacionamento conflituoso e até agressivo nas salas de aula de norte a sul do país. Clique aqui para ler a matéria.

A revista traz dados e relatos sobre questões que levaram ao agravamento da situação nos últimos anos. Faltam mais referências a problemas dessa natureza nas escolas públicas de grandes cidades brasileiras, como é o caso de São Paulo, onde professores falam em situações críticas. Entrar e sair da sala é, como diz o título da matéria de Veja, "uma guerra".

Claro que o processo de ensino e aprendizagem vai muito além do "desejo" dos educadores de "ensinar" e da necessidade que os alunos deveriam ter de "aprender". São muitos fatores envolvidos do início ao fim da jornada educacional. Todavia, vale a pena ler para refletir sobre o tema.

domingo, 31 de maio de 2009

Um segundo projeto editorial

Enquanto estou debruçado na tarefa de divulgação da segunda edição do Saci de Duas Pernas o tempo não pode parar, como diz um velho slogan de uma transportadora aqui de São Paulo - "O mundo gira e a Lusitana roda" (perdão pela propaganda).

Como nada pode ficar parado, informo que acabei escrevendo um segundo livro. Só posso dizer, até o momento, que se trata também de uma obra de literatura infantil, desta vez com a temática ecológica.

Os trabalhos do Saci estão em andamento e dando resultados positivos!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Livro à venda no site da Anita Garibaldi


O Saci de Duas Pernas agora pode ser adquirido via internet pelo site da editora Anita Garibaldi - que publica a segunda edição da obra. O custo é de R$ 15,00 (quinze reais) mais o valor do frete.

Clique aqui e compre o livro pela internet.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Saiu na revista do Simesp


Saiu uma boa nota do livro O Saci de Duas Pernas na revista do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). Na edição impressa, o texto ocupa uma coluna e traz como ilustração a capa da primeira edição do livro. A nota também está no site da entidade (acesse aqui).

Gostei da nota e do modo como a redação destacou a intenção do livro ao lembrar que a categoria médica é privilegiada para fomentar a cultura do respeito às diferenças. Isso porque os médicos e médicas atendem pessoas das mais variadas classes sociais, culturas e estilos no seu dia-a-dia.

Parabéns ao Simesp pelo trabalho!

domingo, 17 de maio de 2009

A crise da imprensa de papel


"Bem-vindo ao deserto do real", diz o personagem Morpheus a Neo, no primeiro filme da trilogia Matrix, um marco do cinema que aborda a assustadora transformação do mundo por conta do crescente domínio das máquinas.

Não é que o mesmo poderia ser dito a uma parcela do jornalismo escrito? A julgar pelos passos dados por algumas das mais tradicionais publicações da imprensa diária do mundo, o processo de 'desertificação' da informação em papel está em curso e não terá volta.

Na Europa e nos Estados Unidos, principalmente, várias publicações estão migrando para o chamado 'ambiente digital', onde os jornais só terão vida em telas, mantendo, claro, seus conteúdos, colunas e tudo o mais. Simplesmente não terão mais suas versões impressas, o que não quer dizer que os leitores não o farão toda vez que quiserem ler os textos ou manipulá-los fora do mundo das telas.

O mais recente anúncio de migração aconteceu nos EUA, onde o diário Tucson Citizen, com 150 anos de circulação, bandeou-se para o lado dos computadores. Grandes jornais e revistas já sinalizam que irão pelo mesmo caminho - o The New York Times se prepara a todo instante para o momento final.

Eis aí uma tendência que muitos achavam catastrófica, mas que se firma com o desinteresse crescente dos leitores pelos textos em papel. Vale acrescentar que esse desinteresse pode ter, também, componentes como a queda da credibilidade de alguns jornais. Mais na frente isso será medido. Por enquanto, a maioria ainda terá os jornais em papel, e ainda por uns bons longos anos, para sossego de quem adora a leitura nas folhas cheias de tinta e de saudosismo dos textos dos jornalões.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Inteligência e competição


A revista Época desta semana traz uma excelente reportagem que alerta para o crescimento do uso de remédios para "aumentar a inteligência". Com o sugestivo título Existe remédio para ficar mais inteligente?, a revista entra no universo do consumo de diversas drogas legais para esse fim vendidas em farmácias - e até negociadas via internet em sites de relacionamento. Clique aqui para ler a reportagem.

Depois de ler, tem-se a impressão de que estamos num buraco muito mais profundo em matéria de problemas sociais. Isso porque seu alcance vai muito além das questões sociais motivadas por diferenças socioeconômicas. Neste caso, atinge muito mais quem tem poder de compra do que as classes menos favorecidas financeiramente.

É de se pensar onde uma sociedade - não só a brasileira - chegará quando as pessoas resolvem lançar mão de 'ampliadores' de capacidade de percecpção para fazer frente aos ditames da competição. Pelo que se conclui na reportagem, o conceito de inteligência está cada vez mais associado a competição, e isso demonstra o quanto precisamos aprender em matéria de comportamento social.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Saramago por ele mesmo


Eu já li boa parte da obra do escritor português José Saramago (foto), mas ainda não conhecia o site da fundação que leva o nome dele. No diário eletrônico, chama a atenção a sua autobiografia, que pode ser lida clicando aqui.

Gostei como forma de entender melhor os caminhos que uma pessoa como ele trilhou para chegar ao prêmio máximo da literatura, o Prêmio Nobel, conquistado em 1998.

Dos seus livros, adorei Ensaio Sobre A Cegueira, O Homem Duplicado, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Jangada de Pedra e As Intermitências da Morte.

Óbvio que a lista acima é só um modo de dizer que gosto dele de modo incondicional.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

É sempre bom rever os clássicos


Todo mundo, de certa forma, torce o nariz para coleções de clássicos disso e daquilo que jornais e revistas lançam para alavancar as vendas. Isso é fato e tem lá sua razão de ser. É o caso, em parte, dessa coleção do jornal Folha de S. Paulo com DVDs "clássicos do cinema". Tem muito filme bom, mas sempre cabe uma crítica aos críticos que elegeram a lista de filmes que os leitores comprarão - é bom que se diga que não é brinde do jornal!

Mas o que me motivou mesmo a tecer o comentário a seguir não é a lista, se boa ou ruim, pois a considero boa, embora ache que poderia ser melhor, ter mais produções impecáveis. O que me interessa, especificamente, é falar de um desses clássicos da coleção da Folha: Dr. Jivago.

A produção, de 1965 do diretor David Lean, foi febre durante décadas por abordar de modo belo e provocativo (politicamente) a paixão vivida pelo médico Jivago e a jovem Lara em meio ao conturbado clima pré e pós-revolução russa de 1917. Os dilemas e desencontros de ambos foram a trilha de Lean, que filmou baseado na história escrita por Bóris Pasternak - o filme ficou proibido durante anos na antiga União Soviética e também por isso ganhou fama mundo afora.

Como este, adoro rever clássicos, e tive o privilégio de, neste caso, assistir ao filme com o meu filho mais velho. Foi uma experiência interessante, pois hoje compreendo ainda mais o filme do que quando o vi pela primeira vez, cerca de 20 anos atrás. Claro que eu já tinha um olhar um pouco crítico quando da primeira vez, mas agora minha percepção, convenhamos, está mais ampliada. A idade, as experiências, enfim o tempo...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Convites para bienais do Rio e de Pernambuco


A Editora Anita Garibaldi, responsável pela segunda edição do Saci de Duas Pernas, anunciou a participação em duas importantes bienais do livro que acontecem entre setembro e outubro deste ano - uma no Rio de Janeiro e outra em Pernambuco. A editora fez o convite para que eu lance o livro nos dois eventos.

A XIV edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro acontece de 10 a 20 de setembro, no Riocentro. A VII Bienal de Pernambuco está programada para o período de 2 a 12 de outubro, no Centro de Convenções do Recife.

Fiquei feliz ao receber o convite e espero corresponder às expectativas desses eventos.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Editorial sensato sobre municipalização do ensino

Recomendo a leitura do editorial desta quinta-feira (30) do jornal O Estado de S. Paulo que versa sobre a municipalização do ensino (leia aqui).

Boa reflexão sobre essa mudança proposta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que foi implantada com mais força nos de 1990 e que não deu, até agora, o resultado que se propalava ou que se esperava.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Gil dá um tapa na 'falsa moral' em nova canção

Em seu show-CD Banda Larga Cordel, o cantor e compositor Gilberto Gil fala de um assunto que deveria incomodar as famílias mais do que incomoda. Trata-se da música Os pais (clique abaixo e veja o vídeo), na qual ele reflete sobre a 'falsa moral' dos pais que cultuam a seminudez nas TVs, Carnavais, revistas etc e depois tentam impor rigidez em casa. Ou, então, expressam preocupações com o destino dos filhos no campo moral como se o exemplo não tivesse nada a ver com o modo de agir dos pequenos. Ainda mais nesses tempos de internet.

Muito boa a letra e o balanço desses velho rei do reggae baiano.

Um texto forte sobre uma discriminação virulenta


O médico Drauzio Varella publicou um artigo na Folha de S. Paulo no dia 14 deste mês que toca em um tema que poucos olham: a origem e a vida dos travestis. Em Homens que são mulheres, Varella classifica o preconceito que a sociedade cultiva contra essas pessoas como "a mais pérfida das discriminações".

É um texto forte, sensível e que provoca uma reflexão sobre como determinadas camadas da sociedade são mais vulneráveis do que outras quando o assunto é o preconceito. Indico a leitura. Vale para qualquer idade.

sábado, 25 de abril de 2009

A entrevista para o jornal Impacto


Li hoje a entrevista que concedi ao jornal Impacto, de Adamantina, cidade localizada na região da Alta Paulista. Muito bom o texto do jornalista Eduardo Graboski, além do destaque que o jornal deu na capa e a foto na página interna. Agradeço ao pessoal do Impacto e ao meu amigo Romão, de Adamantina, com quem estive no feriado de Páscoa.

Para ler a entrevista é só clicar aqui. O texto está em pdf e pode ser baixado para o computador.

Matéria aborda política oficial de 'exclusão'

A edição da revista CartaCapital da semana passada trouxe uma boa matéria sobre uma espécie de "política oficial" de exclusão, ou seja, ações governamentais que - segundo especialistas - estariam na contramão de todo o esforço para se chegar a uma sociedade efetivamente inclusiva.

A reportagem Síndrome do infrator anuncia o crescimento de internações de jovens infratores em "unidades de saúde mental", determinadas pelo Judiciário, em muitos casos por conta de cobranças da sociedade. Essas internações e o uso abusivo de medicamentos, dizem os críticos, podem soar como uma tentativa de algumas autoridades de legitimação de um "mito" - que é a ligação automática entre delinquência e doença.

Vale a pena ler. Clique aqui e leia.

Cresce o debate sobre inclusão e diversidade


Dediquei parte do dia de ontem a um contato com três turmas de professores de duas escolas municipais de Itaquaquecetuba, cidade da região do Alto Tietê que faz divisa com o extremo leste da Capital. Fui recebido nas escolas José Marinho Ferreira e Maria Cristina Diniz e notei que cresce cada vez mais o debate sobre inclusão e diversidade no meio de quem lida com essas questões no dia-a-dia escolar.

As equipes pedagógicas e os professores se dedicam a encontrar caminhos, projetos e ideias para esse desafio que é ter em sala alunos em condições muito diversas. Não existe um só tipo de pessoa que frequenta os bancos escolares com o que se convencionou chamar de "necessidades especiais", e sim uma gama de condições, que vão das deficiências físicas, visuais, intelectuais às que sofrem com traumas, desajustes familiares e também desníveis socioeconômicos, dentre outros.

Ouvi mais e mais relatos sobre crianças com diferentes reações comportamentais. Não é raro ouvir de professores e especialistas o quanto surgiram estudantes que são vítimas de tratamentos medicamentosos, alguns dos quais podem ter comprometido determinadas funções cognitivas - e isso é um componente a mais para que os professores consigam realizar um bom trabalho em sala de aula. Me parece que ainda inexiste um contato entre médicos e professores para um acompanhamento da evolução desses pequenos pacientes e também para ajudar na solução de problemas apresentados após as consultas ou medicações.

É bom perceber que o debate é cada vez maior e que se busca uma melhor compreensão e uma formação constante na área. Ponto para a educação inclusiva, que no Brasil começou na contramão e experimenta avanços significativos por conta de algumas políticas públicas e, principalmente, pelo esforço de equipes pedagógicas e de professores em escolas de várias partes do país. Falta muito, pois é fácil notar que sequer condições de acessibilidade foram garantidas para muitos locais onde estive.

Os debates que realizo sobre a temática do livro me proporcionam o acesso a esse campo que tanto merece atenção na atualidade. Aprendo a cada contato, a cada conversa. Ontem foi mais um dia de aprendizado. Por isso agradeço às equipes das referidas escolas e aos professores pela receptividade e pela participação nas nossas conversas sobre inclusão e diversidade.

sábado, 18 de abril de 2009

Nas revistas Astral e do Simpesp

Além da entrevista no jornal Impacto, de Adamantina, também estão prestes a sair duas matérias falando sobre o livro em duas publicações: nas revistas Astral, de Bauru, interior paulista, e Dr!, do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). A revista Astral é da editora Alto Astral, do astrólogo João Bidu.

Ambas serão publicadas neste mês.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Entrevista a jornal do interior

Aguardo o recebimento de um link para dividir com os leitores e as leitoras do blog e do Saci de Duas Pernas uma entrevista que concedi dia desses ao jornal Impacto, da cidade de Adamantina - onde estive no feriado de Páscoa (veja postagens abaixo).

Fui entrevistado pelo jornalista Eduardo Graboski e o papo saiu na edição desta quinta-feira (16). Só que a atualização na web é feita apenas amanhã. Por isso ainda não posso postar o material aqui no blog. Depois também receberei a publicação em papel.

Vamos ver como ficou. Estou curioso, pois ainda não li.

Atividades na Grande São Paulo

Depois do feriado de Tiradentes devo cumprir agenda de atividades na Grande São Paulo. Estou fechando debates em escolas públicas municipais da região de Itaquaquecetuba para o dia 24 de abril.

Nessa data acontecem reuniões pedagógicas em escolas municipais e, por isso, algumas unidades escolares se interessaram pela discussão que a obra propõe sobre o respeito às diferenças e a inclusão.

Fecho a agenda nesses dias. Também negocio algumas visitas a escolas da Capital.

Visitando Paraguaçu Paulista


Não poderia deixar de registrar outra cidade que tive o prazer de conhecer nas andanças pelo interior, quando realmente comecei a descobrir onde se vive muito além da Capital. Falo de Estância Turística de Paraguaçu Paulista, localizado no extremo oeste do Estado.

A cidade tem cerca de 50 mil habitantes e, como é regra na região, tem sua economia dominada pela produção canavieira. Grandes usinas de produção sucroalcoleira estão nesse trecho paulista. A infra-estrutura local é boa, com bons restaurantes e um comércio que reflete a circulação de dinheiro oriundo dos derivados da cana.

Por outro lado, existem muitas propriedades rurais que ainda resistem ao avanço da produção canavieira. Conheci uma dessas comunidades, onde reina o antigo estilo de vida caipira, com o cultivo de subsistência, roças de mandioca, milho, feijão, criação de galinhas, porcos e outros meios. E produção de leite, claro.

No meio do interior sertanejo de Adamantina


A cidade de Adamantina me marcou na viagem do feriadão passado por causa da receptividade. Tive o prazer de ser apresentado à família da dupla sertaneja adamantinense Luiz Henrique & Fernando (foto). Os pais da dupla, Lucilene e Romão, deixaram a melhor das impressões que se pode colher numa família do interior paulista.

Conheci o estúdio nota mil que esses dois garotos de ouro tem, por onde passaram diversas duplas e cantores novos que perseguem o sonho de gravar seu CD e ter acesso a esse mundo mágico da música que pulsa no interior do país. Descobri que essa parte do Estado de São Paulo tem uma 'alma caipira' muito bonita, que preza pelos valores da terra e das riquezas geradas no solo vermelho coberto de cana, de pastagens e recheado com muito gado. E, claro, conflitos agrários, terras devolutas, invasões e acampamentos que já compõem a paisagem em diversas cidades.

Enfim, uma troca de experiências regada a muito papo, muita música, contos, causos e modos de falar e de ver o mundo. Sem esquecer do modo carinhoso da recepção na casa dos Paloni, em Adamantina, e dos longos papos 'violeiros' trocados com os dois rapazes cujo sucesso é consequência da dedicação, do trabalho e da percepção de que o mundo é feito para ser cantado em verso, prosa e muita comida.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mais cidades visitadas

Vou registrar minha passagem por mais cidades do interior de São Paulo durante o feriado de Páscoa. Foram elas: Borá, Paraguaçu Paulista e Adamantina - esta última na região da Alta Paulista, distantes cerca de 600 km da Capital.

Preparando para breve novas postagens sobre minhas impressões e novidades nesses municípios interioranos onde a vida tem um ritmo especial.

sábado, 11 de abril de 2009

Impressões e experiências (1)

Difícil resumir numa única postagem o conjunto de experiências que vivencio nesta longa viagem no feriado de Páscoa à região do Pontal do Paranapanema, no interior paulista. Vou contar algumas impressões e passagens interessantes que acumulo desde a noite da quarta-feia passada (8), quando aportei por aqui.

ROTEIRO - O roteiro começou em Sampa no início da noite de quarta-feira até chegar em Presidente Prudente na madrugada da quinta-feira (9). A hospedagem foi no hotel Portal D'Oeste, de onde segui para cidades da região. As visitas foram a Presidente Bernardes, Marabá Paulista, Caiuá e Mirante do Paranapanema. Na noite desta sexta-feira (10) a cidade visitada é Paraguaçu Paulista, numa região dominada pela produção açucareira.

Entre as visitas às cidades acima listadas aconteceram passagens por diversos municípios dessa parte do Estado de São Paulo de cujo nomes eu apenas ouvira falar ou lera em reportagens de jornais sobre o interior.

Em meio a extensas paisagens dominadas pela cana, pelo gado e pelas pastagens, o cenário dos "cartões de visita" das penitenciárias em diversas cidade foi algo que mexeu com minha atenção durante os deslocamentos nessas últimas horas.

A plantação de presídios de segurança máxima foi algo que me pareceu fora do comum. É como se as cidades fosssem condenadas a uma pena por crimes que sequer cometeram, já que os "visitantes" que ocupam esses territórios onde reinam os barões do crime organizado nacional são, em geral, transplantados da Capital para cá.

Não é difícil observar as contradições geradas por uma economia que se expande a passos largos em contraposição a um estilo de vida interiorano como o que observamos em qualquer pequena ou média cidade brasileira. Claro que essa região do Pontal tem outros elementos que não são encontrados em todo o Estado - como os assentamentos de trabalhadores rurais sem-terra, em contraste com os empreendimentos do agronegócio.

Foi nessa linha que meu olhar foi sendo deslocado ora para o campo, ora para a cidade, ora para usinas de açúcar, gado, bandeiras do MST, rodovias boas, outras esburacadas, pedágios, gente séria, juventude bonita, muitas pessoas de idade avançada, pujança comercial, pobreza gritante e sol, muito sol. Paisagens solitárias se sobrepôem, em questão de minutos, a arranha-céus de um verde horizontal que chega a doer na vista, embora o cheiro do mato seja algo de dar prazer.

Vou prosseguir com essas impressões na próxima postagem.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Na região do Pontal do Paranapanema

Viajo no final do dia de hoje para a região do Pontal do Paranapenema, no extremo oeste do Estado de São Paulo, perto da divisa com os estados do Mato Grosso do Sul e Paraná. Vou conhecer cidades dessa parte paulista onde nunca estive.

Espero fazer contatos para ampliar a divulgação do Saci de Duas Pernas, que agora entra na segunda edição.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Na mosca

A escritora Lya Luft acertou na mosca em seu artigo na revista Veja desta semana. Em A crise que estamos esquecendo, ela foi buscar no universo das relações humanas argumentação para mostrar que existe uma "outra crise" que há muito se arrasta entre nós - a crise dos relacionamentos.

Num dos trechos ela diz: "Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito". Clique aqui e leia o texto.

De fato, não precisamos esperar que se resolva o problema global para agirmos no plano local, em casa, na rua, no trabalho, na vivência diária. Nem centenas de trilhões de dólares da economia mundial terão efeito direto sobre isso que ocorre em qualquer núcleo familiar ou de convivência social.

Para quem ainda não leu

Recomendo aos interessados nos temas "diferenças e preconceitos" a leitura do livro Diferenças e Preconceito na Escola - Alternativas Teóricas e Práticas (Summus Editorial, 1998), organizado pelo especialista Julio Groppa Aquino.

O livro traz 12 excelentes artigos e reflexões de estudiosos sobre como lidar com um assunto que preocupa professores, coordenadores pedagógicos e pais e interfere diretamente no rendimento escolar.

Além disso, a falta de um ambiente saudável na escola contribui para a formação de futuros adultos amargos e com dificuldades para se relacionarem de modo respeitoso na vida pós-escolar, dentre outros problemas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ampliando a divulgação do livro

Tenho recebido convites para apresentar o livro O Saci de Duas Pernas em diversas escolas e até mesmo em outras cidades da Grande São Paulo. A etapa seguinte também prevê visitas ao interior do Estado. No caso do interior, estou programando viagem à região do Pontal do Paranapanema para levar a ideia do Saci a alguns municípios.

Pretendo divulgar impressões sobre as viagens em notas aqui no blog para partilhar a experiência com os leitores e leitoras.

A segunda edição já está a caminho e apresenta desafios diferentes de quando lancei a obra, no final de 2008.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ouvidos


Desde que foi implantado o sistema sonoro de aviso de abertura e fechamento das portas dos elevadores da Câmara Municipal de São Paulo passei a observar o comportamento de algumas pessoas. Refiro-me aos desavisados que fazem comentários inúmeras vezes ao dia por causa das expressões "porta abrindo" e "porta fechando" - repetidas por uma gravação sempre que chega o elevador.

Como parte do programa de acessibilidade total implantando no prédio da Câmara - por onde circulam milhares de pessoas diariamente -, o sistema sonoro atende a uma reivindicação dos deficientes visuais. Pelas reações de muitas pessoas, "é um negócio chato ficar ouvindo isso".

Para se ver como é demorado o processo de tomada de consciência na sociedade em matéria de respeito aos direitos dos cidadãos e cidadãs deficientes.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Preparando a segunda edição

É com muito orgulho que anuncio aos leitores e leitoras o processo de preparação da segunda edição do livro O Saci de Duas Pernas. A nova edição sairá pela editora Anita Garibaldi, de São Paulo. A primeira edição, lançada em novembro do ano passado, saiu pelo selo editorial Eureca!

Será mais um passo na ampliação de um trabalho que começou no ano 2000, quando nascia o projeto do Saci e que se tornou realidade no ano passado. Depois detalharei melhor essa nova etapa.

Vivência pedagógica em Itaquaquecetuba

Estive na manhã desta sexta-feira (27) na Escola Municipal Vice-Prefeito Alfredo Gonçalves, no Jardim Itapuã, em Itaquaquecetuba, cidade localizada na região do Alto Tietê na Grande São Paulo. Foi uma daquelas vivências pedagógicas marcantes dentro das atividades de debate sobre a temática do Saci de Duas Pernas.

O encontro começou às 7h da manhã e terminou por volta das 9h - primeiro com o grupo de professoras e equipe pedagógica da escola e depois com cerca de 300 alunos. A interação com esses dois grupos foi muito boa. Uma verdadeira troca de experiências que terminou com um belo processo de sensibilização com a criançada daquela escola.

Deixo meus agradecimentos à equipe da EM Alfredo Gonçalves pela acolhida e pelo que me proporcionaram como experiência pedagógica.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Debate na EMEI do CEU Vila Curuçá

A convite da direção e da coordenação pedagógica, realizarei debate sobre o tema do Saci de Duas Pernas na EMEI do Centro Educacional Unificado (CEU) Vila Curuçá, na região da Subprefeitura do Itaim Paulista, zona leste da Capital.

O encontro será realizado às 8h 30 desta terça-feira (10). A idéia é refletir com profissionais da educação infantil sobre as dificuldades e caminhos que envolvem o relacionamento entre alunos, pais, professores e amigos quando se trata de temas como inclusão e diversidade na família e na escola.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mudança de mentalidade e leis


Outro dia fiz uma pesquisa rápida sobre cidades, estados e propostas existentes Brasil afora que valorizam a figura do Saci.

Existem leis em diversos estados e cidades brasileiras estabelecendo o dia 31 de outubro como O Dia do Saci.

A data coincide com a comemoração do Halloween norte-americano - ou "Dia anterior ao Dia de Todos os Santos", em português, também chamado de Dia das Bruxas. Vê-se na raiz destas iniciativas nacionais alguma dose de 'disputa' com a tradição dos EUA. Não discutirei aqui essa natureza, pois não vejo grande vantagem na adoção de algo como contraposição, e sim como afirmação baseada em princípios.

O deputado federal Aldo Rebelo (PC do B - SP) tem um projeto de lei tramitando no Congresso Nacional que institui a referida data em nível nacional. O Estado de São Paulo tem até uma lei com teor semelhante, que foi sancionada pelo ex-governador Geraldo Alckmin em janeiro de 2004. O texto legal diz apenas que " fica instituído o "Dia do Saci", a ser comemorado, anualmente, no dia 31 de outubro".

Acho boas todas essas iniciativas, mas pouco úteis do ponto de vista prático. Não acredito que leis possam mudar uma mentalidade. No caso específico, trata-se de uma figura "imaterial", cujo culto existe há milênios desde seu surgimento nas diversas culturas indígenas até sua miscigenação com elementos afro-americanos - que deram origem ao "saci negro de uma perna só". O Saci, portanto, tem vida própria e talvez não carecesse de leis em seu socorro. Mas já que estas existem, melhor ainda!

Aprecio a difusão do mito, das histórias e do seu poder de atração como forma de garantir sua perpetuação - e até mesmo a supremacia em relação a outras tradições, embora desconfie de iniciativas xenófobas por natureza.

Ao usar a figura do Saci e reuni-la a outros mitos de grande expressão na cultura nacional, meu livro busca ser mais um instrumento de apropriação dessa coisa mágica que só a imaterialidade traz consigo.

Por último, tenho tanta admiração pela nossa mitologia e tanto acredito na sua força que a vejo andando com as próprias pernas. Quanto maior sua difusão, maior o seu poder de sedução entre crianças, jovens, adolescentes e adultos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Palestras

Preparando palestras sobre a temática do livro, em sua maioria sendo agendada para depois do Carnaval 2009. São escolas municipais na Grande São Paulo e também do setor privado na Capital.

As escolas interessadas podem ligar para (11) 8440-6001.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Livro já pode ser comprado no site da Eureca!

O Saci de Duas Pernas já pode ser adquirido pela internet. Basta acessar o site da Eureca!, fazer a compra e aguardar a entrega pelos Correios.

Para comprar é só clicar aqui e seguir os passos. O livro custa R$ 15,00 (quinze reais) - mais frete.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Venda via internet


Começa a funcionar semana que vem a loja virtual para a venda do livro O Saci de Duas Pernas pela internet. Até o meio da semana o link já estará disponível. O exemplar terá custo de R$ 15,00 (quinze reais), acrescido do frete.

Mais uma maneira de facilitar o acesso à obra!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Atualização

Peço desculpas aos leitores e leitoras do blog pela dificuldade que tive de atualizar o blog nesta semana. Retomo as postagens nesta sexta-feira (13). Obrigado pela compreensão!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Apresentação em EMEI da Zona Leste

Estive ontem (5) na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) do CEU (Centro Educacionnal Unificado) Vila Curuçá, no bairro de Itaim Paulista, Zona Leste da Capital paulista. Apresentei O Saci de Duas Pernas para professoras e professoras daquela unidade escolar.

Minha intervenção ocorreu durante reunião pedagógica da escola, coincidindo com um dos principais temas discutidos naquele dia - a inclusão.

Foi mais uma experiência que acumulei no processo de divulgação do livro em escolas, que devo ampliar nos próximos dias com a marcação de novas agendas em diversos bairros da cidade.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Atividades em São Paulo

A semana será decisiva para a organização da agenda de debates sobre o livro aqui em São Paulo. Com o retorno das aulas nas redes municipal, estadual e privada os contatos feitos no final do ano passado começam a ser fechados a partir deste semana.

Além de colégios da capital, discutirei viagens a algumas cidades da Grande São Paulo. Até sexta-feira próxima deverei ter novos locais agendados. Divulgarei a agenda da Capital e das outras cidades aqui no blog.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

No sertão de Caícó


A foto ao lado é um registro da minha passagem recente pelo Sertão de Caicó, no Rio Grande do Norte.

A cidade é um polo regional de 25 municípios e fica a 280 km de Natal, a capital potiguar.

O município é conhecido por seu fervor religioso, por uma forte indústria na área de bonelaria e de produção de queijos e carne de sol, dentre outros produtos regionais.

Quando lancei o meu livro em Caicó, dia 16 de janeiro, recebi um apoio muito grande dos colegas comunicadores locais. Na foto, participo do programa do Marcos Dantas, da Rádio Caicó. Ele desperta ouvintes em diversas cidades da região comentando noticiário local, estadual e nacional e trazendo os primeiros informes do dia.

Marcos tem um blog conceituado na região que pode ser acessado clicando aqui.

Abraços aos colegas do rádio potiguar!

Segunda semana entre os mais vendidos

Recebo atualização da coluna Toque - Dicas de Livros do jornal natalense Tribuna do Norte - que aponta O Saci de Duas Pernas na segunda semana seguida entre os dez mais vendidos na categoria autores regionais na livraria Siciliano do Shopping Midway, de Natal. Na coluna anterior, o livro figurou na primeira colocação entre os escritores regionais.

A coluna é assinada pelo escritor e jornalista Carlos de Souza e é atualizada todas as quartas-feiras no caderno Viver, da Tribuna, um dos diários mais tradicionais da capital potiguar.

Agenda com subprefeito da capital

Na manhã desta sexta-feira (30) tenho agenda com o subprefeito de Itaim Paulista, Celso Capato. Vou apresentar o projeto editorial do Saci de Duas Pernas ao novo subprefeito do distrito, que assumiu o cargo segunda-feira passada depois de ter administrado por três vezes a cidade paulista de Holambra.

O encontro será às 10h da manhã na sede da Subprefeitura.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Matérias para leitura no blog

Passarei a disponibilizar aos leitores algumas matérias referentes ao período em que estive no Rio Grande do Norte. Abaixo, indico a leitura de uma reportagem publicada no caderno DN Seridó, do jornal Diário de Natal, do dia 15 de janeiro passado, na véspera de mais um lançamento do livro em terras potiguares.

Clique aqui e leia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Longa entrevista no jornal O Mossoroense

Reproduzo abaixo alguns trechos da entrevista que o jornal O Mossoroense, da cidade potiguar de Mossoró, publicou comigo na edição de domingo (25). A matéria saiu no caderno Universo e foi assinada pela jornalista Leilane Andrade.

DJAIR GALVÃO

Após 26 anos sem pisar em terras potiguares, o jornalista e professor Djair Galvão Freire voltou para lançar seu primeiro trabalho na área da educação infantil. Chegando numa quinta-feira nublada, mesmo perdendo a oportunidade de conhecer o famoso calor a 40° da cidade-natal, o escritor denotou curiosidade e verdadeira admiração com o crescimento de Mossoró.

À convite da Fundação José Augusto (FJA) e Secretaria de Estado da Educação e da Reforma Agrária, Djair Galvão realizou uma série de lançamentos da obra "O Saci de Duas Pernas" em cidades como São Paulo, Natal, Caicó, Caraúbas, Serra Negra do Norte, Campo Redondo, Apodi e Assu.

Numa demonstração de sensibilidade infanto-juvenil, o livro proporciona uma viagem ao universo das lendas e dos mitos revisitados a partir de uma contradição. O Saci de Djair Galvão nasce com duas pernas e sofre uma sorte de problemas por isso. Nesta conversa, que tivemos no dia do lançamento em Mossoró, o autor fala sobre sua experiência de vida e a difícil tarefa de ajudar à sociedade a viver num mundo melhor, com mais respeito àqueles que nos parecem ser diferentes.

POR LEILANE ANDRADE
leilaneandrade@gmail.com

O Mossoroense - Você é mossoroense de berço, mas mora em São Paulo atualmente. Quando foi embora?

Djair Galvão - Meu pai era militar, chamavam-no de Sargento Freire e ele percorreu diversas cidades do Rio Grande do Norte. De 1960 a 1966 ele foi subcomandante do Batalhão de Polícia de Mossoró. Eu nasci em 1964 aqui e com dois anos de idade nós precisamos nos mudar, ele foi transferido para Patu, onde assumiu a Delegacia de lá e ficamos até 1971. Por este motivo, eu tenho poucas lembranças daqui, eu me recordo mais de Patu, que foi onde eu me criei mesmo e passei boa parte de minha infância. Depois disso, nós fomos morar em Caicó, no Seridó, onde fiquei até 1986. Neste período foi quando tive meus primeiros contatos com o jornalismo, trabalhando na Rádio Rural. Foi uma coisa que me apaixonei e acabei enveredando por essa área. Para você ter uma ideia, em 1983 eu criei um jornal, "O Eco". Eu mesmo datilografava num mimeógrafo e fazia umas capas que deixava em aberto o local da edição, mês e ano, lembro muito bem, eu preenchia esses espaços a caneta. E eu mesmo fazia também a distribuição.

OM - De onde surgiu a influência de ingressar pela área literária?

DJ - Eu fui um leitor muito precoce de obras de Monteiro Lobato, clássicos da literatura, principalmente fábulas. Sempre fui muito apaixonado por essas histórias. Sou de uma família muito numerosa, tenho 12 irmãos e meu pai sempre gostou muito de leitura. Ele dizia pra gente que queria suprir algumas lacunas que ele teve na infância e pedia pra gente ler. Então, eu muito cedo despertei para esse lado. Além dele, tenho um irmão, que foi embora morar no Rio em 1978, e todos os anos ele vinha e trazia uma bolsa com 100 a 200 gibis, que ele dividia comigo e outro irmão nosso. Eu vivia nesse mundo. Interessante que eu nunca tive medo dos personagens de fábulas, eles sempre me atraíram pelas suas engenhosidades. Logo que aprendi a ler, não sei quantas horas por dia eu ficava no meu quarto lendo. O despertar foi mais ou menos por aí, mas minha formação como leitor tem outros elementos. Eu li muito cordel e sempre gostei da literatura de feira, do embolador de coco, do tocador de sanfona. Toda formação está impregnada dessas coisas bem rurais, apesar de eu ter morado sempre na cidade. Eu também quando adolescente, era muito curioso, eu gostava de ficar no meu quarto tentando sintonizar o rádio em emissoras de outros países, mesmo sem entender nada do que eles falavam, eu gostava de ficar escutando. Então, é todo um universo que às vezes os pais nem sabem que você tem e que você faz algumas elaborações mentais como "O que será que vou ser ou fazer".

OM - Quais suas atividades na época e agora?

DJ - Antes de ir embora, eu trabalhava na Rádio Tropical, como apresentador de um noticiário, e no jornal Dois Pontos (atual diário natalense Jornal de Hoje), com o professor Marcos Aurélio. Fui para São Paulo em 1989 e chegando lá comecei como colaborador de uma Agência de Notícias de um grupo ligado à questão progressista, um emprego que consegui através de um amigo de Caicó, hoje radicado em São Paulo, o Demir Azevedo, uma figura extraordinária. Com esta atividade, eu tive a oportunidade de entrar em contato com pessoas muito boas, de um time muito envolvido com questões sociais e direitos humanos. Depois passei a trabalhar com Assessoria de Imprensa, começando com o Hospital das Clínicas, que é uma verdadeira cidade com 10 mil funcionários. Hoje, continuo com assessoria e tenho um cargo licenciado na Prefeitura de São Paulo como professor efetivo da rede municipal.

OM - Por que escolher o personagem folclórico Saci?

DJ - A escolha do Saci foi um modo de provocar uma discussão. Quem passou pela obra de Monteiro Lobato, não tem como esquecer do Saci. Esse personagem ficou largamente difundido no Sítio do Pica-Pau Amarelo, mas ele é muito mais antigo do que se pensa. Um personagem lendário e mítico, que já existia entre os índios brasileiros, antes mesmo da colonização do Brasil. Ele tinha duas pernas, um rabo, a cor da pele era aproximada ao do índio e sua característica era ajudar as pessoas perdidas nas florestas. Com a colonização, acontece uma mistura de culturas que acabam modificando o Saci e forjou vários outros personagens. Nesse processo, dos europeus ele ganhou um gorro, dos índios e africanos ganha o cachimbo e a cor da pele negra. E vem essa questão da perna que há muitas controvérsias e existem muitas histórias que explicar. Uma delas conta que o Saci teria perdido a perna em lutas de capoeira e outra diz que ele era um ser libertário. E para se livrar dos grilões, teria preferido cortar a perna a estar preso. Com isso, ele teria ganhado poderes sobrenaturais e com a capacidade de aparecer de repente, em redemoinhos e de afugentar as pessoas que provocavam problemas à sociedade.

OM - Qual a temática do livro?

DJ - Com o livro, eu proponho às crianças discutirem a dificuldade que temos de respeitar aqueles ou aquelas situações que consideramos diferentes. Existe hoje uma discussão muito grande em ciclos acadêmicos e no governo em torno das palavras da moda como "diferença", "inclusão", "diversidade" e criam programas de inclusão de toda ordem que se possa imaginar. Na verdade, eu sempre fui muito cético com o conceito de diferença, porque se todos nós somos, em tese, diferentes, então não existe a diferença. Se ninguém é igual a ninguém, onde está a diferença? Na prática, não existe diferença entre os seres se usar os preceitos filosóficos. Mas como existe o conceito, a ideia é que deve-se trabalhar com ele. Então, as crianças precisam saber que há necessidade de entender as pessoas não por aquilo que elas consideram diferentes e sim pelas virtudes. É preciso primeiro conhecer a pessoa, independente do que ela apresenta por fora. Então, o Saci, por ter nascido com duas pernas, ele tem muita dificuldade de conviver com os outros, pois é mais ágil, mais hábil por ter duas pernas. E isso causa um sério problema nessa floresta, nessa sociedade da fábula que eu imaginei. A mensagem que deixo é: procure no seu amigo, colega ou pessoa de convivência, estimulando seu filho a ver nos outros suas virtudes, saber o que elas têm a dizer. Geralmente, vemos aquelas pessoas que conseguiram destaque na sociedade, mesmo com deficiências, como alguém que superou desafios. Mas, só porque aquele coleguinha de classe é portador de alguma deficiência, mas não é o Steve Wonder ou o Ray Charles, não significa que devo desrespeitá-lo ou discriminá-lo.

OM - Você pensa em prosseguir com a literatura infantil, publicando novas obras?

DJ - Sim, já tenho um novo trabalho em andamento, que está pronto mentalmente. Ele também é voltado para questões educacionais, pois historicamente há uma carência muito grande de escritores novos no mercado da literatura infantil. Hoje, estou iniciando a carreira e tenho tido a sorte de ser muito bem recepcionado onde chego para lançar o livro e almejo alcançar destaque em nível nacional.


Clicando aqui você lê a entrevista completa.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Muitos contatos no lançamento em Assu


ÓTIMA ACOLHIDA ORGANIZADA POR NELSON DANTAS, EX-SECRETÁRIO DO MUNICÍPIO, DIRETOR DA FOLHA DO VALE E BLOGUEIRO DO PANORAMA DO VALE

A chegada do Saci de Duas Pernas ontem ao município de Assu, na região oeste, foi marcada pelo estabelecimento de uma considerável rede de contatos profissionais e políticos que darão condições de continuidade ao projeto no âmbito regional.

Organizada por Nelson Dantas, diretor do jornal Folha do Vale e do blog Panorama do Vale, a última etapa de lançamentos do meu livro no Rio Grande do Norte foi realizada no salão de um restaurante e café agradável e que me deixou bem impressionado - o Spaço Café.

Nelson trouxe para o encontro um bom número de educadores, de empresários e de lideranças políticas regionais que adquriram o livro e estão comprometidos com a idéia de levá-lo a escolas e outras cidades da região. Essas negociações estão em andamento em Assu e em outros municípios onde eu já fiz o lançamento nesta primeira fase do projeto editorial aqui no estado.

Agradeço ao Nelson e a todos que colaboraram para o sucesso do nosso encontro nesta que é uma das regiões mais tradicionais do oeste potiguar. Veja algumas fotos para ilustrar minha passagem por Assu.


DELZIR CAMPELO E A EDUCADORA ISA MEDEIROS, QUE DIRIGE A ESCOLA CAMINHO DO FUTURO

sábado, 24 de janeiro de 2009

Evento cancelado em Apodi

O falecimento de uma pessoa ligada à organização do evento na cidade de Apodi, onde eu lançaria o livro ontem (23), provocou o cancelamento da atividade.

Quando eu voltar ao Estado para novas atividades ainda neste ano, prometo realizar o debate sobre a temática do Saci de Duas Pernas com os apodienses.

LANÇAMENTO EM ASSU - Hoje encerro esta primeira fase dos lançamentos do livro no Rio Grande do Norte. Logo mais às 19h estarei na cidade de Assu, no oeste. O local será o Spaço Café, com a organização e apoio da equipe do jornalista Nelson Dantas - a quem agradeço!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Na região do Apodi

Viajo ainda hoje para a região do Apodi, no oeste potiguar, para lançar o livro na sede da Associação Cultural e Desportiva Apodiense (ACDA). O evento começa às 19h e promete ser concorrido.

Agradecimentos de antemão ao professor Pedro Filho e sua equipe de apoio na cidade de Apodi, que terei o prazer de conhecer ainda hoje.

Notícia melhor impossível

Dez dias depois de passar por Natal e lançar O Saci de Duas Pernas na livraria Siciliano do Midway Mall, a coluna TOQUE - de dicas de livros - do jornalista e escritor Carlos de Souza, da Tribuna do Norte, trouxe uma surpresa: o meu livro está em primeiro lugar na lista dos mais vendidos na categoria "autores regionais" da Siciliano do Midway. A nota foi publicada no caderno Viver da Tribuna do dia 21 passado.

Comentário que dispensa meus comentários

Tomo a liberdade de partilhar com os leitores e leitoras do blog um comentário enviado a mim pela vereadora e leitora Ana Karinne Nóbrega, que esteve no lançamento do Saci de Duas Pernas na Casa de Cultura de Serra Negra do Norte, dia 20 passado:

"Eu, Ana Karinne (30), li seu livro juntamente com minhas duas filhas Ana Luíza (6) e Ana Letícia (4 anos) e achei impressionante como as simples palavras contidas nas linhas da referida obra alcançam o leitor de todas as faixas etárias, pois sua mensagem é uma lição que devemos adotar sempre em nossas vidas, no nosso cotidiano.

Após a leitura, conversei com minhas duas filhas, que apesar de crianças, perguntei o que tinham achado e a maiorzinha disse: "Devemos respeitar os outros, pois somos todos iguais". Achei o máximo esse comentário e a pequenininha disse: "Achei o saci bonito de duas perninhas e ninguém pode rir dele, não é mamãe?" Nossa, pra mim foi muito gratificante, pois realmente a leitura consegue atingir o objetivo de mostrar a importância do respeito às diferenças.

Quero parabenizá-lo mais uma vez pelo belíssimo trabalho, o qual sentimos que foi feito com muito amor, bem ilustrado e que aguça nossa imaginação. E agora o meu depoimento sobre o livro: "A leitura do livro O Saci de duas pernas nos mostra que se olharmos em volta de nós perceberemos que ninguém é igual , cada ser vivo é único, com seu jeito de ser e suas características próprias, e isso é que os torna especiais. Já pensou se todos fôssemos iguais? AFF!. Portanto,a diferença faz parte de nossas vidas e isso nos apresenta a importância de respeitar e aceitar o diferente".

PARABÉNS!!! E SUCESSO CADA VEZ MAIS.

Sugestão: Futuramente deveria lançar a obra em desenho animado, que tal? Com certeza encontrará interessados".

Ana Karinne Nóbrega - Serra Negra do Norte (RN)