domingo, 28 de fevereiro de 2010

Livros 'perdem' o amigo Mindlin


O empresário e bibliófilo José Mindlin morreu hoje em São Paulo aos 95 anos. Ele era considerado um dos grandes incentivadores da leitura no país, além de colecionador de obras clássicas e muitos textos raros. Sua contribuição mais recente foi a participação no projeto Brasiliana (veja link neste blog) - junto com a Universidade de São Paulo.

O projeto Brasiliana disponibiliza textos e livros para consulta pública, além de documentos históricos garimpados por Mindlin ao longo de décadas. O acervo cresce cada vez mais.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Refletindo sobre as linguagens das crianças


Publico abaixo um texto meu publicado em 2006 e que recuperei via internet. O artigo saiu na edição de janeiro de 2006 do boletim FALA, MEU!, da cidade de Guarulhos (SP). Refleti sobre como é importante para pais, professores e a família de um modo geral partilhar do universo infantil como forma de facilitar o processo de aprendizagem dos filhos. Leia o texto.

APRENDER COM O QUE INTERESSA AOS PEQUENOS

Djair Galvão, jornalista e professor

Educadores, pais e todos aqueles que lidam com o universo infantil no mínimo suspeitam que uma revolução lingüística se processa na garotada de alguns anos para cá.

Não precisa ser estudioso do assunto para perceber que um conjunto de nomes estranhos foi incorporado ao vocabulário deles – os exemplos vão desde o clássico mundo de Harry Potter aos robôs montados com peças Lego do desenho Bionicle. Claro que a fantástica saga criada por J.R.R. Tolkien, da célebre trilogia O Senhor dos Anéis, não ficaria fora dessa sequência de expansão lingüística que há anos está a caminho em nossas casas, nas escolas e no mundo infantil e adolescente.

Quem vê nessa verdadeira invasão lingüística um problema ou algum tipo de atraso, está realmente perdendo uma oportunidade de entender como o processo pedagógico pode se apropriar dessa ferramenta – a expansão vocabular – para aumentar o interesse dos pequenos pelo aprendizado. Aliás, qualquer pessoa minimamente familiarizada com os processos de ensino e aprendizagem sabe que se aprende aquilo que interessa. Não é à toa que encontramos no Brasil pessoas com larga carga de conhecimentos sobre futebol – uns dissertam longamente sobre times, jogadores e gols ocorridos há anos. O que interessa, sabemos, fica.

Portanto, se o seu filho anda falando demais em elfos, hobits, dragões, escolas de magia, vassouras Nimbus, mutantes como os da saga X-Men e tantos outros, não estranhe. O ideal é se aproximar desse mundo e teremos à mão uma chance de utilizar
esse linguajar para aumentar o interesse deles por outras linguagens, as mais tradicionais dos livros e dicionários.

Vakama, Makuta, Toa Hordika, Nokama, Matau, Metro Nui e tantos outros que compõem o universo do desenho futurista de Bionicle fazem companhia a nomes como Hogwarts, Azkaban, Pedra Filosofal, Valdemort e, claro, os Potter e seus amigos.

Aprender esses e outros nomes é importante para ter o que conversar com eles, além de ser uma oportunidade de abrir caminhos para aumentar o interesse deles por coisas que farão parte das suas vidas de adultos.

Afinal, a idéia de que as crianças aprendem brincando não foi mera teoria que os especialistas em educação vêm repetindo há décadas. E vale lembrar que quem tem alguma ligação com a educação e o conhecimento não deve fazer de conta que não tem mais o que aprender. Quem leciona tem obrigação, sim, de se inteirar desse mundo que não tem volta, que pode nunca ir parar nos livros didáticos, mas que já está na cabeça deles há tempos.

PUBLICADO NO JORNAL FALA, MEU! (de Guarulhos, SP) em janeiro de 2006.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Vazio


O confronto entre torcidas rivais tornou-se notícia corriqueira, principalmente em São Paulo. Parece não chamar mais a atenção de ninguém os eventos em que grupos de torcedores entram em guerra. No final de semana passado, acrescentou-se ao cenário macabro dos enfrentamentos mais uma morte de torcedor, no interior do Estado.

Ler isso, acompanhar esse tipo de ocorrência pela TV, ouvir noticiário ou olhar fotos estampadas em capas de jornais provoca mais do que indignação - a palavra que cabe é "vazio". Por mais que se escreva sobre, que se mostrem saídas e alternativas, o fato é que não se consegue encontrar qualquer justificativa para esse tipo de comportamento.

Não é só vandalismo, banditismo, desvio social ou outro conjunto de problemas que aflige a sociedade que está por trás desses acontecimentos. Tem um modelo de sociedade, valores distorcidos e falta de horizonte. E nem mesmo sabendo disso, o vazio some do nosso campo de visão.

Podem surgir explicações diversas de autoridades, especialistas e tudo o mais que nada conseguirá mostrar a compreensão do que é um ser humano mostrar-se totalmente vazio, sem uma gota sequer de sensibilidade. É assim que vejo quem sai de casa pronto para viver esse tipo de experiência.

Por essas e outras, acredito firmemente nas crianças enquanto verdadeira saída para uma sociedade melhor!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O 'pé atrás' necessário de Lya Luft


Gosto dos textos e reflexões publicados na revista Veja pela escritora Lya Luft. Quase sempre, aborda questões tidas como irreversíveis e avançadas pela maioria, demontrando que é salutar ter alguém com um 'pé atrás' quando todos parecem caminhar para a unanimidade.

É o que ela faz, por exemplo, na coluna desta semana na revista, ao falar sobre o encanto que as novas tecnologias provoca em praticamente todos nós. E alfineta no seu texto Bruxos, vampiros e avatares:

"Cibernéticos e virtuais, nadamos num rio de novidades e nos consideramos moderníssimos. Um turbilhão de recursos trazidos pela ciência, pela tecnologia, nos atrai ou confunde. Se somos mais velhos, nos faz crer que jamais pegaremos esse bonde - embora ele seja para todos os que se dispuserem a nele subir, não necessariamente para ser campeões ou heróis".

Leia o texto completo aqui.

Ótima leitura!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Livro será apresentado à Prefeitura de Natal


Mais uma cidade do Nordeste conhecerá o conteúdo do livro O SACI DE DUAS PERNAS. Nos próximos dias a obra chegará à cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Depois apreciar seu conteúdo, e se aprovado, a prefeitura natalense poderá avaliar a possibilidade de vir a usá-lo como ferramenta de apoio pedagógico na sua rede escolar. Isso já é feito por alguns municípios do interior potiguar.

Mesmo já tendo lançado O SACI em Natal, em 2009, o fato é que não houve oportunidade para mostrar o trabalho à administração local - por conta do conjunto de compromissos fechados anteriormente às visitas que fiz àquele estado.

É um trabalho lento e gratificante levar a obra ao conhecimento de gestores de educação de diferentes cidades. Estou confiante!

Atividade para 'tocar' no tema inclusão em sala

Indico a leitura e aplicação da atividade abaixo, reproduzida do site do professor Celso Antunes - especialista que dispensa apresentação. Nela, Antunes propõe uma reflexão sobre o processo de inclusão de forma despretensiosa, mas que pode chegar a um bom resultado para a abordardagem do assunto entre os alunos. E certamente será divertido.

Veja abaixo a abertura do texto dele e o link para a atividade completa:

A inclusão da sala de aula

CELSO ANTUNES

"Um erro que educador algum pode cometer é acreditar que trabalhar a inclusão seja tarefa fácil ou se resuma na adoção de uma ou de outra situação de aprendizagem. Essa questão é extremamente ampla e por envolver valores e preconceitos que estão arraigados em nossa cultura e introjetados em nossa mente, um trabalho verdadeiramente sério implica em projeto de estruturação progressiva e mudança significativa. É por essa razão que o que nesta crônica se procura não é resolver os arraigados princípios que delimitam a inclusão, antes propiciar um momento em sala de aula que possa despertar pensamentos sobre porque excluímos. Sabemos que esta contribuição é quase nada, mas também não ignoramos que não se constroem viadutos sem a participação singela de pequeninos tijolos".

Clique aqui e leia o texto completo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Acidente mata secretário de Educação do RN


Recebi com pesar há pouco a notícia da morte do secretário de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte, Ruy Pereira. Ele faleceu vítima de acidente de carro quando ia de Natal para Recife, cerca de duas horas atrás.

Estive em Natal com ele dia 29 passado, quando ministrei palestra para professores do programa Brasil Alfabetizado - que naquele estado recebe o nome de RN Caminhando. Depois da minha fala, Ruy fez uma longa exposição aos presentes sobre o processo de alfabetização no país e no estado nas últimas décadas.

Em seguida, conversamos sobre a adoção do meu livro para as bibliotecas potiguares. Nos despedimos e hoje recebi essa notícia trágica. A vida é dura!

Histórico - Ruy Pereira estava a frente da Secretaria Estadual de Educação e Cultura desde julho de 2008. Ele era médico sanitarista e pós-graduado em Planejamento Estratégico pela Fundação Oswaldo Cruz.

Além disso, ocupava a função de professor da Universidade Federal de Pernambuco. Ruy também foi secretário Estadual de Saúde em 2005 e 2006 e prefeito do município de Serra Negra do Norte entre 1997 e 2001. (Do portal NOMINUTO.COM).

Em vez de estresse, bom humor no trânsito


Ontem, enquanto estava em mais um daqueles tradicionais congestionamentos no acesso ao centro da Capital, ouvi atentamente - e rindo em vários momentos - o comentário do jornalista Salomão Schvartzman, na Rádio BandNews FM. Ele falou exatamente sobre a forma como alguns motoristas encaram aquele mar de carros parados: sem estresse.

É justamente como me sinto na maioria das vezes, embora seja desgastante qualquer engarrafamento. Ninguém gosta, mas é preciso encarar um problema como meio de criar um clima melhor. De que adianta se estressar?

Ouça aqui o comentário dele sobre como alguns conseguem transformar o carro parado em algo agradável. É possível!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Um problema sem fronteiras, mas com saídas


A intimidação de pessoas - chamado "bullying" no termo em inglês - é algo preocupante no mundo real e, com o avanço das tecnologias, migrou há anos para o universo virtual. É de se pensar em estratégias de cuidados junto aos filhos para o uso da internet com segurança, de modo a evitar que 'valentões virtuais' usem o anonimato para provocar danos morais, psicológicos e constrangimento na rede. A melhor ferramenta é o diálogo em casa.

Reproduzo abaixo matéria interessante do portal UOL sobre o tema:

Cyberbullying preocupa 16% dos internautas jovens no Brasil, diz pesquisa

JULIANA CARPANEZ - DO UOL Tecnologia

"A prática do cyberbullying, ou intimidação virtual, representa um dos maiores riscos da internet para 16% dos jovens brasileiros conectados à rede. Isso é o que mostra uma pesquisa realizada em fevereiro de 2010 pela Safernet, ONG de defesa dos direitos humanos na internet, envolvendo 2.160 internautas do país com idades entre 10 e 17 anos.

Esse mesmo estudo indica que 38% dos jovens reconhecem ter um amigo que já foi vítima de cyberbullying – quando sofrem atitudes agressivas, intencionais e repetitivas no universo virtual, vindas de uma pessoa ou de um grupo. Os números mostram, no entanto, que apenas 7% dos entrevistados já ouviram o desabafo de seus amigos sobre a vivência de situações de agressão e humilhação na internet". Leia mais.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

De olho na Bienal de SP em 2010


Já estou de olho na 21ª Bienal do Livro de São Paulo, que acontece em agosto próximo. Será um momento importante para ampliar a divulgação do SACI DE DUAS PERNAS para outras partes do país. Com a segunda edição abrem-se mais portas nesse sentido.

Se quiser saber mais detalhes do evento, acesse: BIENAL 2010.

21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
- Data: 12 a 22 de agosto de 2010
- Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209 - São Paulo - SP

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Crescimento do interesse pela obra

A recente viagem que fiz ao Rio Grande do Norte sinalizou o crescimento do interesse de várias redes de educação pelo livro O SACI DE DUAS PERNAS. Foram diversas cidades visitadas em janeiro passado, e encontros reservados com gestores eduacionais e prefeitos para apresentação da obra.

Em janeiro, no interior potiguar, os contatos foram feitos com as seguintes cidades: São Fernando, Janduís, São José do Seridó, Cruzeta, Timbaúba dos Batistas, Serra Negra do Norte, Ipueira, Caicó, Florânia e São Vicente. Os gestores já começam a dar retorno da visita - algumas cidades já anunciam a adoção do livro em suas redes.

O mesmo ocorre em São Paulo, onde algumas cidades contactadas sinalizam o interesse pelo trabalho. Estamos caminhando bem.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cordeirópolis terá livro do SACI na rede

A Secretaria de Educação de Cordeirópolis (SP), na região de Campinas, usará o livro O SACI DE DUAS PERNAS para trabalhar a temática das diferenças e da inclusão com os alunos da rede municipal.

Após anunciar a decisão de adquirir a obra em reunião nesta quinta-feira, o secretário José Adinan Ortolan me convidou para participar de encontro com professores e estudantes do município para debater o assunto. O evento acontecerá neste primeiro trimestre, mas a data ainda será marcada.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O livro em São Paulo

Nesta quinta-feira (4) converso sobre o livro O SACI DE DUAS PERNAS com gestores educacionais das cidades de Guarulhos (na região do Alto Tietê) e Cordeirópolis (na região de Campinas), em São Paulo. Outros municípios paulistas também serão visitados neste semestre.

A intenção é apresentar a obra como ferramenta de apoio pedagógico.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Retomando atividades e contatos em SP

Retornei na madrugada desta segunda-feira a São Paulo. Passei os últimos dez dias em viagem de divulgação do livro O SACI DE DUAS PERNAS em cidades do Rio Grande do Norte. Realizei diversas reuniões com gestores de educação de municípios potiguares, alguns dos quais já utilizavam e outros passarão a usar a obra como ferramenta de apoio pedagógico em suas redes escolares.

Hoje retomei atividades profissionais e contatos para nova etapa de divulgação do livro em cidades paulistas.