quinta-feira, 7 de maio de 2009

É sempre bom rever os clássicos


Todo mundo, de certa forma, torce o nariz para coleções de clássicos disso e daquilo que jornais e revistas lançam para alavancar as vendas. Isso é fato e tem lá sua razão de ser. É o caso, em parte, dessa coleção do jornal Folha de S. Paulo com DVDs "clássicos do cinema". Tem muito filme bom, mas sempre cabe uma crítica aos críticos que elegeram a lista de filmes que os leitores comprarão - é bom que se diga que não é brinde do jornal!

Mas o que me motivou mesmo a tecer o comentário a seguir não é a lista, se boa ou ruim, pois a considero boa, embora ache que poderia ser melhor, ter mais produções impecáveis. O que me interessa, especificamente, é falar de um desses clássicos da coleção da Folha: Dr. Jivago.

A produção, de 1965 do diretor David Lean, foi febre durante décadas por abordar de modo belo e provocativo (politicamente) a paixão vivida pelo médico Jivago e a jovem Lara em meio ao conturbado clima pré e pós-revolução russa de 1917. Os dilemas e desencontros de ambos foram a trilha de Lean, que filmou baseado na história escrita por Bóris Pasternak - o filme ficou proibido durante anos na antiga União Soviética e também por isso ganhou fama mundo afora.

Como este, adoro rever clássicos, e tive o privilégio de, neste caso, assistir ao filme com o meu filho mais velho. Foi uma experiência interessante, pois hoje compreendo ainda mais o filme do que quando o vi pela primeira vez, cerca de 20 anos atrás. Claro que eu já tinha um olhar um pouco crítico quando da primeira vez, mas agora minha percepção, convenhamos, está mais ampliada. A idade, as experiências, enfim o tempo...

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