sábado, 11 de abril de 2009

Impressões e experiências (1)

Difícil resumir numa única postagem o conjunto de experiências que vivencio nesta longa viagem no feriado de Páscoa à região do Pontal do Paranapanema, no interior paulista. Vou contar algumas impressões e passagens interessantes que acumulo desde a noite da quarta-feia passada (8), quando aportei por aqui.

ROTEIRO - O roteiro começou em Sampa no início da noite de quarta-feira até chegar em Presidente Prudente na madrugada da quinta-feira (9). A hospedagem foi no hotel Portal D'Oeste, de onde segui para cidades da região. As visitas foram a Presidente Bernardes, Marabá Paulista, Caiuá e Mirante do Paranapanema. Na noite desta sexta-feira (10) a cidade visitada é Paraguaçu Paulista, numa região dominada pela produção açucareira.

Entre as visitas às cidades acima listadas aconteceram passagens por diversos municípios dessa parte do Estado de São Paulo de cujo nomes eu apenas ouvira falar ou lera em reportagens de jornais sobre o interior.

Em meio a extensas paisagens dominadas pela cana, pelo gado e pelas pastagens, o cenário dos "cartões de visita" das penitenciárias em diversas cidade foi algo que mexeu com minha atenção durante os deslocamentos nessas últimas horas.

A plantação de presídios de segurança máxima foi algo que me pareceu fora do comum. É como se as cidades fosssem condenadas a uma pena por crimes que sequer cometeram, já que os "visitantes" que ocupam esses territórios onde reinam os barões do crime organizado nacional são, em geral, transplantados da Capital para cá.

Não é difícil observar as contradições geradas por uma economia que se expande a passos largos em contraposição a um estilo de vida interiorano como o que observamos em qualquer pequena ou média cidade brasileira. Claro que essa região do Pontal tem outros elementos que não são encontrados em todo o Estado - como os assentamentos de trabalhadores rurais sem-terra, em contraste com os empreendimentos do agronegócio.

Foi nessa linha que meu olhar foi sendo deslocado ora para o campo, ora para a cidade, ora para usinas de açúcar, gado, bandeiras do MST, rodovias boas, outras esburacadas, pedágios, gente séria, juventude bonita, muitas pessoas de idade avançada, pujança comercial, pobreza gritante e sol, muito sol. Paisagens solitárias se sobrepôem, em questão de minutos, a arranha-céus de um verde horizontal que chega a doer na vista, embora o cheiro do mato seja algo de dar prazer.

Vou prosseguir com essas impressões na próxima postagem.

Nenhum comentário: