segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os professores-robôs nas escolas coreanas


Mês passado, o jornal The New York Times trouxe uma notícia curiosa: o governo da Coréia do Sul iniciou um projeto que usa "professores-robôs" nas salas de aula. Trata-se de uma engenhoca que traz uma tela com a cara de uma professora (ou professor) e será usada, prioritariamente, em aulas de inglês. O robô é controlado por um complexo sistema de computação e consegue circular pela sala, interagir com crianças, sendo preparado para responder questões formuladas pelos estudantes.

A preocupação dos sindicatos e especialistas em educação foi, num primeiro momento, o desemprego. Os robôs poderiam desempregar de 20 mil a 30 mil professores de carne e osso, segundo temem os contrários à ideia. Mas os defensores da robotização da sala de aula dizem que seu uso será restrito a algumas séries, disciplinas - principalmente onde há falta de professores, o que evitaria trazer mestres de lugares distantes. A polêmica está formada.

Buscando o meio-termo no uso dessas máquinas, alguns estudiosos da novidade entendem que o ideal seria que fossem usadas apenas em áreas remotas - como ilhas - e apenas como reforço. No fundo, o que alimenta a discussão agora posta na Coréia é exatamente o "temor" dos professores de perderem seu lugar no "coração" das crianças para "máquinas frias" - embora os robôs-professores coreanos consigam até dançar em sala de aula.

Longe da polêmica fica uma pergunta: o professor é substituível?

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