quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A grande crise mental entre as crises mundiais

Por Djair Galvão Freire - Autor de O Saci de Duas Pernas

Desde 2008 que se debate mundo afora sobre os efeitos das crises na economia, no emprego, na renda e seus reflexos na qualidade de vida nas sociedades ricas da Europa e nos Estados Unidos.

Foram bancos, empresas, instituições e governos levados por um processo que arrastou países até então tidos como sólidos e "desenvolvidos". E no rastro desse tsunami econômico e financeiro, milhões de pessoas perderam empregos, tiveram suas vidas afetadas e sofrem ainda mais de outro problema tão grave quanto antigo - a "depressão".

Nesta mês de outubro, a Federação Mundial de Saúde dedica o dia 10 para lembrar a Saúde Mental. O tema deste ano não poderia ser diferente: "Depressão: uma crise global". É mais uma entre as crises que enfrentamos. Tem suas raízes em diversos problemas, mas deve estar se agravando ainda mais com a crise econômica.

Afinal, como não relacionar a perda de emprego, a queda da qualidade de vida, a desestruturação familiar e os problemas já existentes com a piora da saúde mental? Uma crise alimenta a outra. E a depressão alimenta a indústria dos antidepressivos, em alta há décadas no mundo todo.

A depressão é uma problema de saúde mental no mundo todo. É papel dos estados em todos os lugares, das empresas, das instituições, igrejas, associações, escola e família buscar mecanismos de apoio para diminuir os efeitos devastadores desta doença global. O cultivo de boas ações, atitudes positivas e reflexões pode ajudar a diminuir seus efeitos.

É mais uma desafio para a humanidade enfrentar. E o enfrentamento acontece todos os dias, em todos os lugares, em nossos universos. A escola e a família são os dois lugares privilegiados para se discutir e apoiar quem vive este, dentre outros dramas da vida moderna.

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